2 de junho de 2021 4:20 por Da Redação
A crise entre oficiais da Polícia Militar, envolvendo o comando do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), ganhou mais um episódio. O comandante do Batalhão, tenente-coronel Everaldo Liziário dos Santos Júnior, entregou pedido de exoneração do cargo. Em ofício encaminhado ao comandante geral da Polícia Militar (PMAL), coronel Wellington Bittencourt, Liziário se disse perseguido por colegas militares.
A polêmica envolve Liziário e os coronéis da reserva Adroaldo Ferreira Goulart Filho e Marco Antônio Brito, que têm trocado agressões em redes sociais.
Lembrando que tem 25 anos de serviços prestados à PMAL, o coronel Liziário afirma que, nomeado para o comando do BPRv, em abril de 2019, cumpriu fielmente as normas legais de cumprimento do dever. Porém, continuou o oficial, após dois anos no cargo, foi informado de que estava sendo acusado “de forma desleal e suja” por outros militares, da prática de atos criminosos.
“Não baixei a cabeça ao tomar ciência dos absurdos que vinham falando de minha pessoa. As medidas que tomei após os fatos ocorridos, foram no sentido de me defender e resguardar meus direitos. Contudo, por não aceitar calado tudo o que vinha ocorrendo, de lá pra cá venho sendo incansavelmente perseguido por um seleto grupo de membros desta Corporação Militar” – disse o coronel Liziário, na correspondência que encaminhou ao comandante geral.
O oficial faz referência ao mandado de segurança impetrado pelo coronel da reserva Adroaldo Freitas Goulart Filho, visando afastá-lo do comando do BPRV, e diz que nele há inverdades. Ao julgar o MS, o Juízo da 13ª Vara Criminal de Maceió/ Auditoria Militar determinou seu afastamento.
Contra esta decisão o comandante do BPRV impetrou agravo de instrumento, que foi deferido pelo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Tutmés Airan de Albuquerque. Com isso, Liziário foi mantido no cargo. “Recorri por sentir-me totalmente injustiçado, já que nunca dei causa nenhuma para esse afastamento” – acrescenta o oficial.
Reafirmando estar sendo perseguido, o coronel Liziário disse que, como seu nome e imagem foram veiculados em diversos meios de comunicação, optou por pedir exoneração do cargo.
“Não me orgulho de ver o meu nome e o nome da corporação militar alagoana sendo veiculado nos meios de comunicação por pura birra e tentativas nefastas de manipulações por sentimentos puramente egóicos. Se este é o desejo de quem está armando este circo midiático, não é o meu” – afirma ele.
Embora tenha decisão judicial que garante sua permanência, Liziário declara que, depois desses episódios, não é mais prazeroso continuar no comando do Batalhão. “Com muito pesar, e de forma a não mais macular a imagem dessa secular corporação que não merece divulgação negativa por meio da imprensa, solicito minha exoneração” – afirma no ofício de nº E:5399/2021/PMAL.
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