15 de junho de 2021 4:25 por Da Redação
Durante entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (15), quando autorizou obras de pavimentação na AL-101 Norte, o governador Renan Filho fez um apelo aos prefeitos dos municípios alagoanos, para que adotem decretos de isolamento social mais fortes do que o do Estado. “Os municípios podem fazer”, disse ela.
O apelo de Renan Filho foi feito num momento em que Alagoas registra 5.020 vidas perdidas, taxa de ocupação de leitos de UTI em 92% e aumento do número de mortes por Covid-19 na faixa etária abaixo dos 60 anos.
O cenário da pandemia exige atenção máxima. “O meu papel eu tenho buscado cumprir integralmente, mas preciso solicitar a colaboração de todos. A gente está 92% de UTI lotada. UTI lotada de jovem. Pela primeira vez, esse mês de junho, está morrendo mais pessoas entre 30 e 59 anos do que pessoas com mais de 60 anos”, apontou o governador.
Renan Filho também defendeu a atuação da polícia para garantir o cumprimento das medidas de isolamento social. “Está proibido praia aos finais de semana. As pessoas vão à praia aí. Se a polícia não agir, é melhor nem haver mais decreto. Esse tipo de coisa não era nem para estar em discussão”, declarou.
Porém, para o chefe do Executivo estadual, a vacinação deve ser a prioridade no debate para combater a pandemia. “A gente tem que discutir como vai trabalhar para vacinar mais rápido as pessoas, como vamos trabalhar para que menos pessoas adoeçam, senão o Estado não vai conseguir salvar todas as vidas”, considerou.
Vacinas não chegam em quantidade suficiente
Para o governador alagoano, as unidades da federação precisam de mais vacinas para atenuar os efeitos da pandemia. “Infelizmente, mesmo com o estado cumprido o seu papel, não chegam vacinas em quantidade suficiente no Brasil. Por isso a gente cobra vacina”, disse, numa crítica velada ao governo federal.
Para exemplificar como o país poderia ter minimizado a gravidade da tragédia sanitária há mais tempo, o gestor citou estatística recente sobre a imunização. “Se o Brasil vacinasse dois milhões de pessoas por dia, salvaríamos 20 mil pessoas por mês. Imagine”, ponderou.
“É isso que a CPI da Covid tem investigado, principalmente no Congresso Nacional. Por que o Brasil não quis comprar vacina na hora certa? Por que não respondeu à Pfizer? Por que não comprou as vacinas do consórcio Covax Facility coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)? É por isso que estamos vivendo coisas como essa nesse momento”, argumentou.