quinta-feira 19 de setembro de 2024

Após meses em queda constante, endividamento volta a crescer em Maceió

De maio a junho, número de pessoas com dívidas subiu de 180 mil para 189 mil

25 de junho de 2021 3:57 por Da Redação

Movimentação no Centro de Maceió | Fecomércio

Depois de um início de semestre marcado pela queda constante do número de endividados em Maceió, o percentual de famílias com dívidas aumentou pelo segundo mês seguido e, em junho, chegou a 62%; voltando ao patamar médio do início do ano.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pelo Instituto Fecomércio AL em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (CNC), demonstra ainda que na comparação mensal, em termos absolutos, são quase 9 mil pessoas a mais com dívidas, saindo de 180.668 para 189.333 maceioenses.

De abril, último mês de queda, a junho, houve um acréscimo de 5,76% no percentual de endividados. Isso porque a partir de maio houve aumento no uso de cartão de crédito e na utilização de carnês, chegando a uma média 2,75%, quando somado ao desempenho de junho.

Impactos do auxílio emergencial

Para o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Victor Hortencio, a elevação do endividamento reflete o retorno do Auxílio Emergencial. “Ainda que em valores menores comparados aos de 2020, o auxílio impacta positivamente na economia, pois estimula a retomada do consumo, mesmo que a maior parte deste seja de itens considerados essenciais, como os alimentos”, avalia.

O economista aponta o avanço da vacinação como outro fator de estímulo ao consumo, uma vez que as pessoas vacinadas se sentem mais seguras para irem a ambientes de maior circulação, como os shoppings, restaurantes e supermercados. Além disso, o próprio Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) tem reflexo nesse aumento.

“O BEm traz liquidez ao empresário e relativa segurança aos trabalhadores formais, pois ter um contrato reduzido ou temporariamente suspenso é menos danoso do que uma demissão e mantém estes trabalhadores numa margem possível de consumo. Por sua vez, os empresários, com uma folha de pagamento menor, podem renovar estoques ou realizar melhorias em seus estabelecimentos, por exemplo”, fala Victor.

Outros dados

Entre as formas de endividamento, o cartão de crédito permanece como o principal fator gerador de dívidas, sendo a preferência de 96,8% dos consumidores da capital. Em crescimento contínuo desde janeiro, os carnês ocupam o segundo lugar com 22,2%, seguidos do financiamento de carros, contratado por 4,9% dos maceioenses.

É importante destacar que todos os indicadores de endividamento (total de endividados, endividados com contas em atraso e não tem condições de pagar) cresceram entre os meses de abril e junho. Assim como o número geral dos endividados cresceu em quase 9 mil pessoas, movimento semelhante aconteceu com o volume de inadimplentes, que saltou de 47.159 pessoas, em maio, para 51.010, em junho; um aumento de quase 4 mil inadimplentes em um mês, o que significa um incremento percentual de 8%.

Numa comparação anual, o número de endividados com contas em atraso, houve uma diminuição de 44,5%: se em junho de 2020 o número absoluto de inadimplentes era 91 mil pessoas, em 2021 chega a 51 mil consumidores.

Mesmo alta, indicadores revelam otimismo

Mesmo com essa modesta alta nos percentuais de endividamento no final do primeiro semestre, numa perspectiva anual, os indicadores de endividamento e inadimplência ainda mostram um panorama de redução significativo nos últimos 12 meses, ficando abaixo dos registrados em 2020.

O tempo de comprometimento com dívidas está entre 3 e 6 meses, gerando um comprometimento médio de 29,5% da renda durante os meses de parcelamento. Em termos gerais, os indicadores demonstram uma leve recuperação econômica em Maceió.

“Isso se deve ao fato de que o nível de endividamento tem uma ligação estreita com oscilações no nível de consumo, pois a grande maioria dos consumidores adquirem bens e serviços se endividando, o que é saudável e normal, desde que não comprometa mais de 30% da renda”, avalia o economista.

Fonte: Assessoria

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