8 de julho de 2021 11:00 por Da Redação
O trânsito segue lento na Avenida Fernandes Lima, uma das principais vias de trânsito de Maceió. Desde às 8h40 desta quinta-feira, 8, moradores e empresários dos bairros afetados pelas rachaduras e afundamento do solo na capital alagoana fecharam os dois sentidos do tráfego de veículos, cobrando revisão do acordo indenizatório proposto pela multinacional Braskem S.A, responsável pelo dano ambiental.
Agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e da Polícia Militar (PM) estão no local, enquanto os motoristas procuram vias alternativas para se deslocarem.
Com o fechamento, a partir do Tribunal de Contas do Estado (TCE), metade da avenida, no sentido Centro, ficou esvaziada, com o movimento quase zerado. Os moradores e empresários estão insatisfeitos com os acordos propostos pela Braskem e aguardam, da parte do Ministério Público Federal (MPF), a revisão dos termos da indenização pela destruição de mais de 5 mil imóveis.
“Os órgãos públicos, que assinaram o documento cruel, precisam nos atender. Maceió precisa entender. Se Maceió quer paz, todos precisam lutar por justiça”, disse Mailda Farias, da Associação dos Empreendedores.
Participam do protesto moradores dos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto, além do Alto da Conceição, Flexais de Cima e de Baixo e Saem. Eles cobram critérios justos, indenizações justas e dano moral. Segundo dizem, as propostas da Braskem é até 6 vezes menor que o valor do imóvel.
Por meio de nota, a Braskem informa que cumpre o Termo de Acordo firmado com o Ministério Público Federal, e que o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, vem sendo constantemente aperfeiçoado, a partir do processo de escuta à população.
Segundo a nota, o programa registra hoje 7.519 propostas de indenização apresentadas e apenas 26 recusadas. A média de apresentação de propostas é de 630 por mês, diz a Braskem.