28 de julho de 2021 5:13 por Da Redação
O governo do presidente Jair Bolsonaro pagou R$ 247 milhões a pessoas que não têm direito ao Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm). Criado como compensação a quem teve redução de salário e jornada de trabalho por causa da pandemia de Covid-19, o benefício foi pago entre maio e dezembro do ano passado, sem qualquer fiscalização.
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), concluída em abril último, mostrou que o benefício foi pago a servidores públicos federais, estaduais e municipais, empregados com mais de um vínculo empregatício e pessoas que já faleceram. Também receberam indevidamente pessoas que têm aposentadoria e recebem seguro-desemprego.
Após o alerta do TCU, foram identificados os nomes de 1.093 servidores federais nos três Poderes que, juntos, teriam recebido R$ 4,5 milhões. Houve também R$ 43,9 milhões pagos a servidores públicos de estados e municípios, que tampouco teriam direito ao benefício.
A determinação do Tribunal é que a Secretaria de Trabalho, órgão do Ministério da Economia, de responsabilidade do economista Paulo Guedes, encontre a melhor forma de reaver esses valores, cuja devolução até agora foi de apenas 5,9%. O Benefício Emergencial foi renovado para este ano, mas ainda não há fiscalização referente a esse novo período.