sexta-feira 20 de setembro de 2024

E-book traz dados inéditos sobre o cenário de games em Alagoas

Publicação reúne os resultados do levantamento sobre esse ecossistema no estado, realizado pelo Sebrae Alagoas entre os meses de junho e setembro por meio da coleta de informações entre profissionais e empreendedores

7 de dezembro de 2021 3:22 por Da Redação

Imagem: Reprodução

Já está disponível para download no site do Sebrae Alagoas, no endereço al.sebrae.com.br, o novo e-book com dados inéditos sobre o setor de games no estado. A publicação traz todos os resultados do levantamento sobre o cenário de games em Alagoas, realizado pela instituição entre os meses de junho e setembro, por meio da coleta de informações entre profissionais e empreendedores desse braço da chamada Economia Criativa.

O levantamento acabou por identificar que o ecossistema da indústria de jogos digitais de Alagoas segue em estágio ainda muito inicial, que demanda ações em cinco eixos de políticas públicas. Para isso, o documento recomenda dar atenção especial às micro e pequenas organizações e à articulação de estruturas básicas de capacitação técnica e de negócios para os profissionais empreenderem e também se inserirem no mercado.

O e-book pode ajudar, no futuro, na elaboração dessas políticas públicas voltadas para o setor, principalmente para impulsionar as empresas já existentes em Alagoas e pavimentar o caminho para que novos negócios possam chegar e movimentar esse mercado no estado.

O documento traz sugestões de políticas públicas amparadas em cinco eixos: O desenvolvimento de uma indústria de jogos digitais que seja competitiva e inovadora; Capacitar Recursos Humanos para Criar, Gerenciar e Operar empresas de classe global; Promover o acesso a financiamento que possibilite o crescimento das empresas; Gerar um ambiente de negócios que estimule o crescimento sustentado; e Políticas de demanda: o poder público como indutor do consumo público e privado.

“O Estado de Alagoas pode construir um caminho neste mercado bastante competitivo, mas que está em constante evolução e crescimento, o que gera novas janelas de oportunidades a cada novo ciclo tecnológico e/ou de mercado. Essa característica da indústria, aliada às inúmeras possibilidades de colaboração com outras indústrias correlatas, tais como outras indústrias culturais e tecnológicas, além das possibilidades dos chamados jogos sérios na educação, saúde, segurança, cidadania treinamento, turismo e outras áreas, faz com que a indústria de jogos seja uma das que possui mais potencial de crescimento e impacto econômico e social”, diz trecho do e-book.

Modelo a ser seguido

O Porto Digital de Pernambuco é citado com frequência pelos entrevistados durante o levantamento sobre o cenário de games, sendo visto como possível modelo para Alagoas. Eles apontam que o estado reúne diversas características que seriam desejáveis para o desenvolvimento do setor, entre elas a valorização da área como um todo, incentivos financeiros, e oferecimento de espaço e estrutura onde diversas empresas podem compartilhar experiências e recursos.

A Bahia também é citada com frequência, especialmente no caso do desenvolvimento de jogos educacionais. Apesar das dificuldades, os desenvolvedores baianos conseguiram encontrar formas de produzir jogos por meio de obtenção de recursos de editais de cultura e educação, além de se articular como comunidade.

Os empreendedores entrevistados lembram que os editais locais abertos em Alagoas ajudam a dar um impulso ao ecossistema de games. Eles avaliam como boas iniciativas os editais propostos pelo Sebrae Alagoas e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal).

“O edital de subvenção econômica destinado ao setor de Economia Criativa promovido pelo Sebrae/AL e pela Fapeal teve a chamada em 2020 e o início do desenvolvimento dos projetos em 2021. O edital destinou R$ 512 mil ao financiamento de 15 projetos relacionados aos setores de artes visuais, audiovisual, design, editorial, games e música”, informa trecho do e-book.

A região Nordeste é a terceira com maior presença de empresas do setor de jogos digitais, somando 14,5%, ao passo que a quarta e a quinta posições são ocupadas respectivamente pelo Centro-Oeste (7,6%) e Norte (2,9%). As regiões com maior crescimento foram as regiões Norte e Centro-Oeste, com aumento de 350% e 163%, e como de menor crescimento as regiões Nordeste e Sul, com 82% e 94%.

“Este estudo foi um importante start para entendermos o mercado de jogos em Alagoas e, a partir disso, pensarmos em estratégias para atendimento e fomento ao setor. Nele constam informações sobre empresas que atuam na área, eventos, infraestrutura, políticas públicas e acesso à informação”, afirma a analista da Unidade de Competitividade e Desenvolvimento (UCD) do Sebrae Alagoas, Débora Lima.
“O estudo foi elaborado por profissionais com alta expertise no setor e por esta razão conta com diversos direcionamentos de como podemos atuar para fortalecer este ecossistema e potencializar esta indústria que cresce a cada ano no mercado nacional e internacional”, completa.

Criança joga por meio de smartphone | Dean Drobot/Shutterstock.com

Mais entrosamento

O fortalecimento desse ecossistema se revela urgente ao observar, por exemplo, que os profissionais de desenvolvimento de jogos alagoanos são relativamente isolados, pois não estão conectados às redes locais ou a processos institucionalizados.

“Esse isolamento se dá pelo fato de que diversos profissionais trabalham para empresas em outros estados e países. As redes locais, os fóruns ou espaços de encontro voltados para os desenvolvedores em questão não são bem desenvolvidos. Não existem agregações formais, e as redes informais têm baixa atividade – por exemplo, foram encontrados apenas dois grupos: um de desenvolvedores alagoanos no Facebook (inativo) e um outro no WhatsApp (com baixa atividade, 38 participantes em 31/07/2021)”, revela o e-book.

O diretor-técnico do Sebrae Alagoas, Vinicius Lages, destaca que a instituição se empenha em tirar da invisibilidade, no contexto alagoano, o potencial desse ecossistema, deslocando o segmento de games da percepção dos aspectos relacionados apenas ao campo do lúdico, do entretenimento, para compreender as múltiplas ramificações de aplicações dos jogos.

“Jogos (games) e gamificação são duas dimensões poderosas de novas frentes de inovação, e não podemos ficar para trás. Ao iluminarmos o tema, estamos seguros que poderemos, junto com parceiros, ampliar o número de profissionais e empreendedores dedicados a este segmento, tanto nos jogos de entretenimento, quanto aos chamados serious games, com aplicações industriais, no setor de serviços, turismo, agronegócio, educação, consultoria e treinamentos”, destaca Lages na apresentação do e-book.

O ministro do Turismo, Vinicius Lages, participa do programa Bom Dia, Ministro para fala sobre o aumento do fluxo de turistas durante a Copa do Mundo (Elza Fiúza/Agência Brasil)

“Há um novo mundo surgindo no horizonte, o chamado metaverso, um universo paralelo, que desponta como a próxima rede global de conexões digitais, a nova web, onde teremos que aprender a empreender em outras dimensões. De uma lojinha online, num marketplace virtual gamificado, a um Token Não Fungível (NFT), a Economia Criativa tem uma gigantesca oportunidade. Por isso, é com otimismo que esperamos que os desdobramentos deste estudo possam gerar muitas oportunidades aos empreendedores”, completa ele.

O e-book pode ser baixado clicando AQUI.

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