20 de dezembro de 2021 12:05 por Da Redação
Moradores do Flexal de Baixo, Flexal de Cima, Rua Marquês de Abrantes e localidades vizinhas, regiões que ficaram isoladas após a tragédia da Braskem, estiveram na Defensoria Pública na última sexta-feira, 17. Nas próximas semanas, a instituição deve convocar uma audiência pública com os moradores, entes públicos municipais e estaduais e a mineradora.
Na sexta, os representantes das comunidades foram recebidos pelo defensor público geral, Carlos Eduardo Monteiro, e pelo coordenador do Núcleo de Proteção Coletiva, Ricardo Antunes Melro. Os defensores ouviram os relatos das pessoas, receberam documentos e deram orientações sobre as medidas que serão adotadas para resolver a questão.
Além disso, a Defensoria se comprometeu a enviar ofício para a Defesa Civil de Maceió solicitando informações sobre a situação da Marquês de Abrantes, a fim de analisar se lá também há isolamento socioeconômico.
Nesta rua, em Bebedouro, os moradores já enfrentam transtornos. “Minha mãe tem 87 anos, nem o Uber não quer mais entrar lá depois das 10h. Não temos mais farmácia, não temos supermercado, não temos mais meios de comunicação”, contou a moradora Rosebete dos Santos.
Além disso, o isolamento chega a afetar a sobrevivência da população. De acordo com o morador Renato Inocêncio, o desejo da maior parte da vizinhança é pela realocação, já que a situação dos moradores ficou difícil após a região ao redor das localidades terem se transformado em bairros-fantasmas.
“A população foi diretamente prejudicada pela Braskem, nós não temos mais segurança, posto de saúde, farmácia, padaria, mercadinho, nada. A grande maioria dos comerciantes de lá, hoje, passa necessidade, porque não tem quem compre e não tem mais onde tirar. Além disso, a maioria dos moradores tirava seu sustento da lagoa, que já teve o acesso delimitado”, explicou.
O defensor Carlos Eduardo Monteiro disse que a empresa deve ouvir os moradores e apontar uma solução para os problemas que causou. Segundo ele, isso passa por indenizações e realocações das famílias que hoje estão ilhadas.
“Vamos defender o que a comunidade quer. A Braskem precisa ouvir essa população, pois qualquer solução tem que passar por eles, moradores. Além disso, existem danos financeiros ocorrendo neste momento para a população, que precisa de compensação imediata, a exemplo dos que perderam seus inquilinos, dos pescadores que não têm a quem vender, dos pequenos comércios que não têm mais fregueses. Eles estão passando necessidade por culpa da Braskem. Enfim, a mineração inviabilizou essa parte da cidade”, explicou o defensor.
1 Comentário
Isso mesmo,nós moradores das áreas afetadas pela Braskem estamos passando por situações difíceis, precisamos ter nossa liberdade de decidir-mos o que realmente é nosso por direito,indenizações, danos morais e agilidade,que a justiça seja feita,que Deus toque o coração daqueles que estão lutando a nosso favor,que dê sabedoria e luz,e que as bênçãos divinas caiam sobre eles fazendo a justiça. Meu Deus,toma a frente de teus guerreiros e nos dá a força e a fé em nossos corações de dias melhores,que Deus abençoe aos que se comovem por nossa situação e nos devolva nossa dignidade e nossos bens que foi conseguido com nossa luta e suor. É em ti meu Deus que guardo minha confiança,esperança e de todos nós que estamos precisamos de ti