Um recém-nascido com cardiopatia complexa, que estava internado no Hospital Santa Mônica, em Maceió, foi transferido nesse fim de semana para o Hospital Português, em Recife-PE, onde passará por cateterismo.
A transferência ocorreu após atuação extrajudicial da Defensoria Pública do Estado de Alagoas que, por cerca de 30 dias, manteve contato diário com hospitais e órgãos da saúde públicos e particulares, médicos e transporte aéreo em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a fim de garantir o tratamento adequado para o bebê no estado vizinho.
Segundo a defensora pública Manuela Carvalho de Menezes, coordenadora do Núcleo da Saúde da Defensoria, a família do pequeno A.C. procurou a instituição alguns dias após o seu nascimento, ocorrido no dia 6 de dezembro.
De acordo com o laudo médico, o menino tem cardiopatia complexa (hipoplasia de ventrículo esquerdo, aumento do tronco pulmonar e extrassístoles), com indicação de cateterismo cardíaco, procedimento que não é realizado em Alagoas.
A instituição passou a buscar meios de efetuar a transferência, que foi obtida em duas ocasiões para os hospitais do Coração e IMIP, em Recife, mas, posteriormente, canceladas devido à piora no quadro da criança e questões burocráticas. Por fim, uma terceira vaga foi garantida para o Hospital Português, através de novo contato entre a Defensoria e o Hospital do Coração de Alagoas.
De acordo com a defensora pública, a atuação por via administrativa foi importantíssima para assegurar o atendimento adequado ao bebê.
“Quem atua na saúde, sabe que muitas vezes uma ação judicial é a pior das opções, pois, o tempo está contra nós. Nesse caso, a urgência para salvar a vida dessa criança exigiu da defensoria atuação imediata e contínua, diariamente, junto aos gestores, aos hospitais e demais entes diretamente envolvidos”, explicou.
