21 de fevereiro de 2022 10:26 por Mácleim Carneiro
Ler Ana Cláudia e sua visão sociológica e emocional, das agruras e amarguras ainda hoje presentes na relação esdrúxula entre patrão e trabalhador, das usinas e canaviais de Alagoas, foi como reviver cenas e fatos aos quais fui próximo, pela minha realidade interiorana em uma cidade cercada de usinas de cana-de-açúcar e seus reizinhos escrotos.
Se não os mesmos acontecimentos, descritos pela autora, em essência, eram semelhantes ao modus operandi e revoltas silentes. Portanto, minha surpresa não se estabeleceu por esse viés, e sim pela força narrativa de uma escritora que, até então, eu desconhecia ter esse poder.
Na segunda parte do livro, ela trata de uma cidade de nome bem sugestivo, ‘Enterro’, nada imaginária, muito real e até mimética. Leitura prazerosa, fácil de chegar ao fim rapidamente, porém, diminuí a velocidade, para prolongar o prazer.
No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!!???