10 de maio de 2022 12:10 por Da Redação
Aos 73 anos, o ex-governador Ronaldo Lessa volta a viver a tensão dos períodos pré-eleitorais, e se depara com novos impasses. Vice-prefeito de Maceió, presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), em Alagoas, Lessa se vê diante da obrigação de participar da eleição majoritária deste ano com o peso que seu nome e sua história política representam.
Seu último mandato foi como deputado federal, e terminou em 2018. Naquele ano, Lessa tentou a reeleição, mas não teve êxito. Dois anos depois, em 2020, formou chapa com João Henrique Caldas, o JHC, elegendo-se vice-prefeito de Maceió.
Os pedetistas e seus aliados consideram lançar o nome do vice-prefeito Ronaldo Lessa como candidato outsider (por fora) a governador, ou senador. Os que são favoráveis a essa estratégia, argumentam que o tamanho eleitoral do líder trabalhista alagoano pode encolher por falta de decisão.
Mais uma vez, o cenário político exige de Ronaldo Lessa o máximo de paciência e habilidade. Seu partido não tem chapa de candidatos proporcionais (deputados estaduais e federais) com força eleitoral para garantir-lhe entrar na disputa majoritária (senador ou governador), sem temor dos adversários.
Entretanto, além de sua história na política alagoana, Ronaldo Lessa dirige um partido organizado, que tem pré-candidato a presidente da República.
Até o momento o processo pré-eleitoral em Alagoas está polarizado entre os grupos do senador Renan Calheiros e do ex-governador Renan Filho, do MDB, e do deputado federal Arthur Lira (PP). Três candidatos a governador com densidade eleitoral já se apresentaram: Paulo Dantas, Rodrigo Cunha e Rui Palmeira.
Para o Senado, estão como pré-candidatos o ex-governador Renan Filho, considerado absolutamente favorito, Fernando Collor (PTB), que sonha com a reeleição, e Mário Agra, do PSOL.
É esse cenário que os correligionários e aliados de Ronaldo Lessa estão analisando para que ele possa decidir qual o caminho que vai seguir na eleição marcada para o dia 2 outubro.
Lideranças de seu partido revelam que o ex-governador pode também ser candidato a senador, na única vaga em disputa nesta eleição.
Para isso, consideram que Rui Palmeira (PSB) não tem nome com densidade eleitoral que possa compor a sua chapa majoritária. O mesmo vale para Rodrigo Cunha (PSDB), que, além de carecer de nomes, não tem autonomia política, dependendo dos interesses de Arthur Lira.
Na mesa de Lessa estão informações sobre o permanente embate entre Arthur Lira e Renan Calheiros, os dois pesos pesados da política alagoana que se digladiam nas redes sociais e nos tribunais.
Os aliados questionam por que, se é considerado por analistas políticos como um nome que pode influenciar a eleição, Ronaldo Lessa tem que esperar acenos políticos. Os bastidores revelam que ele conversou com Arthur Lira e com a deputada estadual Jô Pereira (PSDB), sem grandes resultados. Lessa teria se reunido também com Rodrigo Cunha, mas a conversa foi pouco consistente. Sua reunião mais demorada foi com o ex-prefeito Rui Palmeira.
Ele só não conversou com o grupo do ex-governador Renan Filho e do senador Renan Calheiros, que já está fechado com a candidatura do deputado estadual Paulo Dantas (MDB).
1 Comentário
Triste Alagoas! Lessa é uma liderança política positiva. Enredado na terrível política alagoana, não sabemos o que lhe reserva o futuro. Seria o melhor governador para esses tempos difíceis. Faz o quê no PDT no abjeto Ciro?