quinta-feira 26 de dezembro de 2024

Fernando Collor e sua estratégia para sobreviver aos novos tempos

8 de junho de 2022 1:04 por Redação

Fernando Collor tenta sobreviver politicamente entrando na disputa pelo governo de Alagoas| Foto: Uol

Com o mandato praticamente concluído, o senador Fernando Collor segue a trajetória de sempre, fazendo uma caminhada solo. Não tem grupo político, nem se preocupa em organizar estruturas partidárias que o deixem confortável nas disputas eleitorais.

Com a experiência de quem se elegeu presidente da República aos 40 anos (1990), e foi afastado do cargo dois anos depois, Collor soube como ninguém amargar o ostracismo político. Conseguiu voltar em 2006, quando foi eleito senador por Alagoas, mandato renovado em 2014, e que será concluído agora em dezembro. 

Só que, ciente da força do adversário – o ex-governador Renan Filho (MDB) – Fernando Collor sabe que não deverá chegar ao que seria seu terceiro mandato no Senado. Tenta, então, salvar-se da derrota eleitoral que todas as pesquisas de opinião dão como certa, buscando um caminho que já trilhou – retornar ao governo. 

Um populista de direita clássico, que usa as mídias em seu favor, hoje o senador encarna o discurso mais “programático” de Jair Bolsonaro. Collor tem utilizado o discurso bolsonarista como uma alavanca para sobreviver politicamente.  

No esforço para não ficar sem mandato, Collor se apresenta como amigo de Bolsonaro

Albergado na sombra de Jair Bolsonaro vê uma aliança com o atual presidente como única estratégia possível, no momento em que os blocos de alianças vão sendo montados. 

Para analisar as chances de Collor voltar a ocupar o Palácio Floriano Peixoto, é preciso considerar as principais candidaturas já colocadas para a disputa de outubro próximo. 

Começando pelo governador Paulo Dantas (MDB), será preciso considerar que ele é candidato à reeleição e conta com apoios fortes, como o ex-governador Renan Filho, o senador Renan Calheiros (MDB), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Victor, e mais um bloco grande de deputados, prefeitos e vereadores. 

Já o senador Rodrigo Cunha (UB), que aparece como primeiro colocado nas pesquisas de opinião,  é apoiado pelo prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, e pelo deputado Arthur Lira (PP). O senador Cunha tem declarado que não votará em Bolsonaro, mas tem um palanque composto por apoiadores do presidente. 

Ex-prefeito de Maceió por dois mandatos, o pré-candidato Rui Palmeira (PSD) se apresenta como alternativa, o que significa não contar com apoio dos grandes blocos. Porém, mesmo que a campanha ainda não tenha movimentação de rua, as pesquisas mostram que o nome de Rui cresceu e oscila entre o segundo e o terceiro lugares.  

Embora o que vai acontecer nos próximos meses fique por conta e risco da campanha e da disputa, esse é um feito importante na caminhada do ex-prefeito. 

O senador Fernando Collor é o outsider que pretende apostar tudo na candidatura ao governo. Sua expectativa é passar ao segundo turno e, para isso, aposta no populismo com pendor messiânico, no discurso da violência, que é o eixo central do discurso bolsonarista. Sem esquecer, claro, das emendas secretas que vem sendo usadas como instrumento de cooptação de prefeitos e parlamentares. 

 Embora não seja um candidato inexpressivo, Collor tem contra si a rejeição ao seu nome, que é maior que os índices dos que o apoiam.  

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