22 de junho de 2022 11:17 por Da Redação
O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Antônio Santiago, esteve na sede do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), nessa segunda-feira (20), com o objetivo de adquirir informações sobre a importância e a organização do projeto Feira Agrária do Crédito Fundiário no Estado de Alagoas, que foi criado pelo Órgão de Terras em 2017.
O pesquisador foi recebido pelo diretor-presidente Jaime Silva e a assessora técnica dos núcleos quilombolas e indígenas, Leone Silva, que coordena o projeto desenvolvido em parceria com as prefeituras municipais.
Ao todo, já foram promovidas 20 edições buscando contribuir para o fortalecimento da agricultura familiar e o escoamento da produção sem a presença dos atravessadores. Além de incentivar o trabalho nos lotes das unidades produtivas do Programa Nacional do Crédito Fundiário (PNCF); valorizar o talento de artistas locais; e a autoestima dos agricultores familiares, artesãos e representantes de povos tradicionais.
De acordo com Antônio Santiago, o encontro foi essencial para conhecer detalhadamente o projeto que tem sido um sucesso e é uma referência na área. Segundo ele, é importante aprofundar os dados sobre as estratégias de escoamento e opções de comercialização dos produtos da agricultura familiar e analisar como favorecer a Região Metropolitana, já que, boa parte do que é consumido, é oriundo de outros estados, como Sergipe e Pernambuco.
“Eu fui convidado para fazer uma palestra sobre a produção agrícola dos municípios na Grande Maceió. A gente vê claramente que uma das opções para conseguir desenvolver a parte agrícola desses trezes municípios que compõe a Região Metropolitana são as feiras, feiras urbanas e periurbanas. Além de produzir, um dos gargalos é a comercialização. Essa parceria vem no sentido de vermos quais as opções de comercialização, e o Iteral também possui essa expertise no Estado, por isso essa visita, que eu julgo super estratégica para a formulação de uma estrutura política. Essas feiras já nos dão uma garantia de que, se tivermos produtos de qualidade, temos um comércio garantido!”, afirmou.
Também serão avaliadas as feiras organizadas por movimentos sociais do campo, a exemplo das que são realizadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e também por órgãos públicos.
Fonte: Assessoria