11 de julho de 2022 11:39 por Da Redação
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota de pesar pela morte do guarda municipal de Foz do Iguaçu Marcelo Arruda. Ele foi assassinado pelo militante bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, que é agente penitenciário. Nela, ele se solidariza com os familiares de vítima e agressor, e pede “tolerância e paz”.
Nesse domingo, 10, ele invadiu a festa de aniversário de Arruda, que tinha como tema Lula e o PT, e atirou contra o petista, que não resistiu aos ferimentos. “Aqui é Bolsonaro”, disse o agente, num ato de intolerância política, que acabou com uma morte.
Atenção: Cenas fortes!! O bolsonarista INVADIU a festa, atirou em Marcelo Arruda (caído), que conseguiu atingir o assassino antes de morrer.
Imprensa vendida fala em “troca de tiros” o que é claramente um ASSASSINATO (invasão + disparos) e legítima defesa do petista. pic.twitter.com/zxLGaWWRr0
— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) July 10, 2022
Baleado pelo guarda municipal, que agiu em legítima defesa, Guaranho sobreviveu aos disparos e segue internado na UTI de um hospital de Foz do Iguaçu.
Segundo a esposa de Marcelo Arruda, a policial civil Pamela Suellen Silva, o crime ocorreu quase no fim da festa. Guaranho, que ao estava entre os convidados, chegou de carro e começou a gritar frases como “Bolsonaro, mito” e “Lula ladrão”. Neste momento o agente penitenciário sacou uma arma e ameaçou o aniversariante.
“Dentro do carro do agressor estava a mulher e um bebê, e ela também pedia para ele parar com aquela situação. Ele falou que voltaria, e voltou. E quando voltou, voltou atirando”, contou a esposa da vítima.
Leia abaixo a nota do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva:
“Nosso companheiro Marcelo Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos com sua família e amigos, em paz, em Foz do Iguaçu.
Filiado ao Partido dos Trabalhadores, sua festa de aniversário tinha como tema o PT e a esperança no futuro; com a alegria de um pai que acabou de ter mais uma filha.
Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia ainda maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor.
Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda.
Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável. Pelos relatos que tenho, ele não ouviu os apelos de sua família para que seguisse com a sua vida.
Precisamos de democracia, diálogo, tolerância e paz.”