12 de julho de 2022 5:41 por Da Redação
No processo eleitoral que se avizinha, o Partido Socialismo e Liberdade (Psol), em Alagoas, tem um objetivo definido. Na eleição de outubro próximo, o Psol quer demarcar um campo na esquerda onde possa ganhar musculatura a partir de suas propostas para a administração pública estadual.
Para isso, lançou, em coligação com o PCB e a UP, a pré-candidatura do professor-doutor Cícero Albuquerque, 57 anos.
Titular da cadeira de Ciências Sociais, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Cícero Albuquerque é um conhecido militante da esquerda-cristã que, nas eleições de 2018, foi candidato a senador, tendo obtido 57.747 votos. O equivalente a 2,22% do eleitorado alagoano.
O pré-candidato psolista já adiantou algumas das prioridades de seu programa de governo. “Alagoas precisa de educação, saúde, cultura, lazer, emprego e renda, segurança pública” – afirmou Cícero Albuquerque, em recente entrevista à TV Ponta Verde.
Para ele, não é possível falar em educação, saúde e segurança sem pensar nos trabalhadores do setor público. “São os funcionários públicos que mantêm toda essa estrutura funcionando” – disse ele, que defende o modelo de escola em tempo integral.
“O nosso compromisso será com a defesa da educação pública e de qualidade. A Escola em Tempo Integral é uma experiência que merece ser mais bem avaliada. A princípio eu sou a favor. Mas entendo, pelo que tenho conversado com os meus colegas professores, que é preciso aprofundar a discussão e a experiência” – opinou o pré-candidato ao governo alagoano.
Desafio
Ao falar sobre sua participação na disputa eleitoral como candidato majoritário, o professor Cícero deixou claro que tem consciência do desafio que está enfrentando. “Não sou candidato dos poderes constituídos. Quero dizer que vamos romper a bolha e que tenho o desafio de apresentar uma proposta para Alagoas. Vamos nos comunicar com o povo alagoano” – anunciou.
Sem êxito eleitoral nas últimas décadas, a exceção das eleições proporcionais, elegendo vereadores, deputados estaduais, e Paulão (PT) como deputado federal, a esquerda alagoana quer recuperar sua influência eleitoral. Para isso, terá que retornar ao trabalho de base nos bairros e grotas de Maceió, e das cidades do interior do estado.
Neste sentido, os movimentos que emergem das periferias urbanas têm, em alguma medida, a influência e a inserção do Psol.