20 de julho de 2022 11:54 por Da Redação
Com honrosas exceções, a bancada federal de Alagoas, formada pelos deputados federais e senadores, faz um silêncio ensurdecedor diante da crise aberta pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao convocar representações diplomáticas de 40 países para denunciar o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar uma prova sequer.
O deputado Arthur Lira (PP), por ser o presidente da Câmara dos Deputados, recebe cobranças de todo o país pela postura omissa diante de um discurso antidemocrático e desrespeitoso com as instituições, inclusive, com o Congresso.
Enquanto isso, esse espetáculo golpista grotesco gerou uma reação em cadeia das instituições do Estado brasileiro, como o Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e dezenas de outras entidades da sociedade civil.
Exceções
O deputado Paulão (PT) foi um dos que, de apronto, denunciaram a escalada golpista do presidente da República. Os demais deputados federais nada falaram.
A deputada Tereza Nelma (PSD) também se manifestou. “Enquanto o Brasil enfrenta fome, desemprego e violência, o Presidente tenta desfocar do que é urgente espalhando fake news e desacreditando um sistema eleitoral que é comprovadamente seguro e confiável”, disse ela, nas redes sociais.
Dos três senadores, quem repudiou imediatamente o discurso mentiroso de Bolsonaro foi o senador Renan Calheiros (MDB).
Fernando Collor (PTB), um ex-presidente da República, calou-se, como é esperado em se tratando de um bolsonarista.
O outro senador alagoano, Rodrigo Cunha (UB), mantém o mutismo diante da cena constrangedora pela qual o Brasil foi submetido por Jair Bolsonaro.
Dos três senadores o posicionamento de Collor é esperado.
Renan Calheiros é um dos principais oposicionista no Senado Federal e tem um histórico em defesa da democracia.
Rodrigo Cunha, quando se defronta diante de momentos em que é obrigado a tomar posição clara, se esconde e espera a crise serenar.
O mandato de senador da República tem sido um fardo para ele, que se comporta aquém da relevância do cargo.