20 de julho de 2022 11:41 por Da Redação
Por estar na linha de sucessão e dirigir o Centrão, um ajuntamento de deputados mantidos com bilhões de reais do Orçamento Secreto, o alagoano Arthur Lira (PP) é o ator político mais relevante no Congresso Nacional.
É estranho, portanto, que mantenha tão polido silêncio depois da última segunda-feira, 18, quando o presidente Jair Bolsonaro reuniu 40 embaixadores estrangeiros para fazer ataques contra ministros do STF e contra o processo que rege as eleições brasileiras.
O deputado Arthur Lira tem sido cobrado pela mídia, por diversas entidades e por parlamentares a se posicionar sobre a atitude de Bolsonaro.
Diversos deputados, inclusive aliados, que temem uma ruptura institucional, pedem que Lira estabeleça um limite e verbalize, de maneira clara, a possibilidade do cometimento de crime de responsabilidade por parte do presidente da República.
Seu silêncio obsequioso pode ser entendido como concordância com a postura do presidente. Afinal, sua vida político-parlamentar não tem a democracia como princípio!
Porém, a situação do deputado Arthur tende a se tornar mais complicada.
Na manhã desta quarta-feira, 20, insatisfeitos com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, militares do Alto Comando do Exército entraram em contato com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para informar que não endossam as tentativas de desacreditar as urnas eletrônicas.
Informações do portal de notícia G1 revelam que, “segundo militares da ativa, Bolsonaro ultrapassou todos os limites ao reunir embaixadores sediados em Brasília para fazer ataques contra ministros do STF e contra o processo que rege as eleições do país. Na avaliação desses militares, o encontro serviu para desgastar ainda mais a imagem do Brasil no exterior”.