25 de julho de 2022 1:45 por Da Redação
A história tem demonstrado que há duas secretarias estratégicas na administração pública de Alagoas: Segurança Pública e Fazenda. O governador que perder o controle da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) para grupos econômicos e políticos, ou que não exerça liderança e controle sob a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL) cairá tragicamente em armadilhas e terá sua gestão inviabilizada.
No caso da SSP, inclusive, o governante corre o risco de ser envolvido pelo crime organizado ou por bandos que historicamente são constituídos no interior das instituições policiais.
A eleição desse ano traz um componente cujos efeitos ainda são, de certa forma, desconhecidos no processo político-eleitoral, e que exige a atenção do governador Paulo Dantas (MDB). Buscando a reeleição, Dantas precisa pensar no que fazer diante do bolsonarismo como pensamento majoritário nas polícias.
As instituições policiais estão e sempre foram divididas em micro polos de poder que lutam entre si, internamente. Há grupos de oficiais que por interesses os mais variados estão ou se vinculam aos grupos políticos locais em disputa. É um dado histórico!
São grupos constituídos no entorno de lideranças das corporações, e de políticos profissionais, que se utilizam das forças policiais para tocar o terror junto a setores da população, como os movimentos sociais e adversários, nos bairros da periferia de Maceió e nas cidades do interior.
Esses grupos se formam ou ganham contornos com maior visibilidade no período pré-eleitoral.
A questão é que nos últimos anos circula nas corporação o pensamento de extrema-direita que remonta ao período da ditadura militar, onde a violência policial era política de Estado.
Prudência
Por mais hábil que seja o governador, os interesses eleitorais tendem, cada vez mais, a pressionar os agentes da Segurança Pública a atuarem politicamente. Os policiais que estão nas ruas, orientados ou não, procuram expressar a ideologia dominante na tropa, agindo com violência inflada pela motivação politico-ideológica.
Os fatos pré-eleitorais mostram que este ano essa disputa será a mais renhida das últimas décadas.
Assim, em tempo de radicalização, a segurança Pública é o calcanhar de Aquiles do governador Paulo Dantas, que precisa ter em mãos o controle das polícias.
Do contrário, a violência bolsonarista poderá arrastá-lo para o abismo.
Quem é quem na cena bolsonarista
Em Alagoas, a bancada da bala é plural e tem representação em vários dos partidos apoiadores de Jair Bolsonaro. Vejamos:
Arthur Lira – Tem um grupo de apoiadores entre os oficias superiores e em entidades representativas dos polícias. O que os mantém próximos são os interesses e os benefícios obtidos nas prestações de serviços políticos, inclusive tentar influenciar nas promoções de oficiais.
Fernando Collor – É o candidato majoritário mais identificado com o “pensamento” de extrema-direita. A candidatura Collor aponta uma fissura entre os militares bolsonaristas.
Alfredo Gaspar – Tem sido o mais histriônico no discurso cujo tema é segurança pública. Fez do Ministério Público e da SSP seu palanque eleitoral. E tem na violência policial um método “eficaz” para a redução da violência urbana.
Antônio e Nivaldo Albuquerque – Defendem o discurso bolsonarista raiz, de que a população tenha armas.
Fábio Costa – Vereador em Maceió, e delegado da Polícia Civil, foi eleito justificando a violência policial como método para combater a violência urbana, mais diretamente contra moradores das periferias e grotas.
Thiago Prado – Também delegado da Polícia Civil, faz dobradinha com Fábio Costa.
Cabo Bebeto – Deputado estadual é, na atual legislatura, o bolsonarista mais identificado com a extrema-direita.
2 Comentários
Matéria tendenciosa,a polícia faz o seu trabalho conforme leis e normas castrense,nas suas folgas, todo agente público vota conforme as suas convicções,democracia é isso.
Que matéria mais ridícula. Hoje em dia os repórteres e redatores de jornalecos iguais a esse aqui, não escondem mais sua tendência ideológica na hora de publicar uma matéria.