5 de agosto de 2022 1:34 por Da Redação
Os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral brasileiro, as falsas denúncias sobre a insegurança das urnas eletrônicas e as ameaças de não aceitar o resultado das eleições, caso seja derrotado, estão mobilizando a sociedade em defesa da democracia e do respeito às eleições com manifestos em defesa da democracia e atos que vão ocupar as ruas do país inteiro. Mais de 80% dos brasileiros querem que Bolsonaro aceite o que as urnas decidirem.
A pesquisa Quaest, contratada pela Genial Investimentos e divulgada nesta quinta-feira (4), aponta que 83% dos brasileiros querem que Bolsonaro reconheça o resultado da eleição de outubro, caso seja derrotado, como indicam as pesquisas de intenções de voto.
A última rodada da Quaest mostrou que o ex-presidente Lula (PT) lidera a corrida presidencial com 44% das intenções de voto contra 32% de Bolsonaro. E em um eventual segundo turno, o petista teria 51% dos votos, contra 37% do atual presidente.
De acordo com dados publicados no UOL, apenas 11% dos entrevistados disseram que Bolsonaro não deve concordar com a apuração final, e 6% não souberam responder.
Mesmo entre os apoiadores de Bolsonaro, a maioria (68%) disse que ele deve aceitar a derrota, 25% querem que ele não aceite o resultado, e 7% não souberam responder.
Reação da sociedade
Lançada no dia 26 de julho, a “Carta aos Brasileiros, em Defesa da Democracia”, hospedada no site Estado de Direito, Sempre!, que já tem quase 757 mil adesões, será lida em um grande evento na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na quinta-feira da semana que vem, dia 11 de agosto.
No mesmo dia, em todo o Brasil, as ruas serão ocupadas por pessoas que vão participar de atos em defesa da democracia e de eleições livres.
Outro importante manifesto em defesa da democracia, chamada de “carta dos empresários”, deve ser divulgado nesta sexta-feira (5) em jornais de todo o país.
O documento, que tem assinatura de representantes de setores empresariais e da sociedade civil e centrais sindicais, como a CUT, reforça o compromisso “com a soberania do povo brasileiro expressa pelo voto” e a independência entre os poderes.
Assinam o manifesto a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), CUT, Força Sindical e UGT, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a Academia Brasileira de Ciências e a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Também assinam o documento as três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp), entidades de defesa ambiental (WWF e Greenpeace), associações de juristas (como a OAB-SP e Academia Paulista de Direito), a Academia Paulista de Letras e grupos de defesa dos direitos humanos, como Anistia Internacional, Instituto Sou da Paz e Instituto Vladimir Herzog.
Fonte: Página da CUT