8 de dezembro de 2022 8:59 por Geraldo de Majella
A aliança eleitoral celebrada entre o governador reeleito Paulo Dantas (MDB) e os movimentos sociais foi quase integral. Os movimentos que lutam pela reforma agrária e moradia, LGBTQIA+, negros, sindical rural e urbano etc. participaram de sua campanha.
Vencidas as eleições, como os movimentos sociais vão se relacionar com o governo, ou melhor: como o governo vai se relacionar com os movimentos sociais? As pautas dos movimentos devem ser entendidas como indicativo para o desenvolvimento de Alagoas.
A agricultura familiar é um desses vetores, além do efetivo empenho na criação de um plano de habitação popular que reduza o déficit habitacional no estado de Alagoas. As pautas que garantem e ampliam os direitos sociais de populações excluídas e vulneráveis não são dissociadas das demais reivindicações.
Os direitos humanos incluem todos os movimentos e suas pautas e não exclusivamente a redução da violência policial. O direito à vida deve ser no sentido mais amplo possível. Quanto mais ativos estiverem os movimentos sociais, mais vigorosa será a democracia.
Democracia
Os movimentos sociais contribuíram na resistência à ditadura-militar e continuam contribuindo no processo de consolidação da democracia brasileira.
A pressão que exercem sobre o Estado é responsável por direitos conquistados e escritos na Constituição da República.
A construção da cidadania se deu por meio de lutas e enfrentamentos.
A atuação dos movimentos sociais não costuma corresponder à expectativa dos governantes e da classe dominante.
A ocupação e, até mesmo, o fechamento de ruas com passeatas e marchas nas rodovias são as mais conhecidas formas de protesto. Servem para chamar a atenção do governo e da população para as causas defendidas, para as injustiças sofridas. Esse tipo manifestação é padrão no Brasil.
Os movimentos sociais têm pautas específicas e seus posicionamentos politicos-eleitorais não são ou não devem ser entendidos como um freio em suas reivindicações.
Os movimentos são diversos e independentes. Há momentos em que o confronto é ou se torna quase inevitável, entre aqueles que reivindicam e o governo, pela natureza das lutas. Porém, é sempre possível estabelecer negociações, assim deve ser a postura de um governante democrático.