19 de dezembro de 2022 12:07 por Da Redação
Alagoas tem 3,3 milhões de habitantes, dos quais 1,9 estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do Ministério da Cidadania, segundo dados de setembro deste ano.
A tragédia é que 543.242 famílias estão em situação de extrema pobreza. Existem mais 49.977 famílias em situação de pobreza e outras 111.393 figuram nos dados governamentais como de baixa renda.
Em 2010, o Cadastro Único indicava que 505.470 famílias tinham o perfil para serem incluídas e receberem benefícios dos programas sociais do governo federal.
Entre extrema pobreza, pobres e baixa renda são 709.612 famílias que constituem um “estoque de pobres e miseráveis invejáveis” que desonra qualquer padrão civilizatório, menos o da elite política, econômica e intelectual alagoana.
É diante desse cenário desolador que a ex-prefeita de Maceió, Kátia Born Ribeiro, deve assumir a secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, caso seja confirmada pelo governador Paulo Dantas.
Essa massa de cidadãos de “segunda categoria” não está devidamente integrada à sociedade alagoana. Esses números dão também a medida do tamanho do que é classificado como classe média e os assalariados em geral, que não estão incluídos no CadÙnico.
O maior contingente das famílias cadastradas são as dos agricultores familiares, com 103.470, das quais 62.117 famílias foram beneficiadas – 60%.
Dos 4.176 indígenas cadastrados, 3.307 recebem benefício do governo; dos 8.315 quilombolas alagoanos, 6.229 são beneficiados; os pescadores são 9.280 e têm 7.540 beneficiados; os resgatados do trabalho análogo ao de escravo são 2.451, mas somente 1.511 recebem benefícios.
A seletividade entre os excluídos pode ser levantada como uma marca da crueldade do governo Jair Bolsonaro.
Assistência Social
A destruição de todas as políticas públicas tem como marco a posse na Presidência da República de Michel Temer, o principal beneficiário do golpe que retirou Dilma Rousseff da Presidência da República.
O aprofundamento aconteceu durante os quatro anos de Jair Bolsonaro. Os indicadores sociais de Alagoas não serão melhorados sem trabalho integrado entre as prefeituras e, sobretudo, com o apoio do governo federal com base nos novos programas a serem criados ou recriados.