10 de janeiro de 2023 7:02 por Da Redação
A tentativa de golpe perpetrada por centenas de terroristas, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, é resultado da orientação de um núcleo político que manteve o discurso violento e golpista desde que foi proclamado o resultado das eleições presidenciais, no dia 30 de outubro de 2022.
O ódio acumulou forças e no domingo, dia 8 de janeiro, explodiu numa série de ataques às sedes dos Três Poderes da República. O comando da Polícia Militar do Distrito Federal, como parte da operação golpista, não reagiu para conter as invasões dos poderes. Isso foi determinante para o sucesso dos atos antidemocráticos e violentos.
Antes mesmo da posse do presidente Lula, o ministro da Justiça, Flávio Dino, denunciava que os acampamentos espalhados pelos estados, na frente dos quartéis do Exército, eram “incubadoras de terroristas”.
Os grupos criminosos, a maioria deles, estão identificados faz tempo, mas, como contavam com o apoio integral de Bolsonaro – apoiador e, ele próprio, chefe político desses criminosos , nada aconteceu e a Constituição foi sendo ultrajada por esses golpistas em todos os estados.
O comportamento da PM foi vergonhoso. Entre os poucos que estiveram nas ruas, muitos apoiaram, explicitamente ou de maneira velada os terroristas. Inclusive, houve policiais que se deixaram filmar e conversavam, descontraidamente, com os criminosos sem que mexessem uma palha para manter a ordem.
Quando o Palácio do Planalto foi retomado pelas forças de segurança, logo foi identificado que os golpistas roubaram as armas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A dimensão nacional e internacional que a tentativa de golpe de estado levou o governador de Brasília, Ibaneis Rocha (MDB), a gravar um vídeo com um pedido de desculpas ao presidente Lula e aos presidentes dos Poderes da República. Esse gesto do agora governador afastado foi uma tentativa de recuo diante da tragédia.
O exemplo histórico que fica é a coesão dos Poderes da República e das entidades da sociedade civil brasileira e o apoio da comunidade internacional em defesa da democracia.
O maior crime político que se pode realizar é atentar contra a Ordem Constitucional Democrática. O terrorismo será punido para nunca mais ocorra tal delito.