domingo 29 de dezembro de 2024

Bolsonaro apostou no terrorismo para se manter no poder

Estratégia posta em prática consistiu na formulação de um discurso (narrativa) segundo o qual o comunismo ameaçava a pátria, com o objetivo de coesionar seu campo político

12 de janeiro de 2023 12:08 por Da Redação

Foto: Joédson Alves/EFE

O ex-presidente Jair Bolsonaro, líder da extrema-direita brasileira, entra para a história nacional com um legado infame: o de ter estruturado células terroristas em todos os estados do Brasil. Durante os quatro anos em que esteve na Presidência da República, criou todas as condições logísticas, políticas e ideológicas para permanecer no poder através da força emanada da ruptura da ordem democrática.

A estratégia posta em prática consistiu na formulação de um discurso (narrativa) segundo o qual o comunismo ameaçava a pátria, com o objetivo de coesionar seu campo político.

A caserna esteve, mesmo não expressando publicamente, sob processo de cooptação por meio de nomeações de generais ainda da ativa para ministérios e mais de seis mil militares na reserva para ocuparem cargos dirigentes de estatais e demais escalões da administração direta e indireta.

O elo do governo Bolsonaro com o empresariado se estreitou e parcela dos ruralistas sentiu-se autorizada a desmatar, garimpar em terras indígenas.

O braço paramilitar se estruturou no âmbito nacional através de CACs e das milícias que agem nas regiões metropolitanas das grandes cidades.

A voz ativa dos neopentecostais, regiamente financiados pelas verbas governamentais, principalmente, as mídias das denominações religiosas. O discurso difamatório de cunho religioso foi a “infantaria” de Jair Bolsonaro e da extrema-direita.

A compra da base parlamentar com o Orçamento Secreto lhe garantiu governabilidade sem que tivesse qualquer cuidado com a lisura da administração pública.

As polícias militares foram capturadas para o seu campo ideológico e base eleitoral, rompendo com a coluna vertebral da instituição que é a hierarquia. O aparelhamento das polícias Federal e Rodoviária Federal é outro mal causado por Bolsonaro. Fez parte da estratégia de submissão das instituições do Estado brasileiro às suas vontades e desejos golpistas.

Esse conjunto de ações e relações garantiram o cumprimento do mandato. A constituição de células terroristas é, possivelmente, o que ficará como fruto do legado infame da passagem de Bolsonaro pela presidência do Brasil.

Recrutamento de terroristas

Os CACs, os militares e policiais, os garimpeiros ilegais e empresários de diversos setores – as investigações dirão, claramente, quem são e o setor que atuam – formam a base que seguiram organizadas para praticarem atos terroristas.

As sabotagens ocorridas no Paraná e em Rondônia, onde o alvo foram torres de energia, dão um indicativo do que as células terroristas são capazes de realizar.

Depois da tragédia acontecida no domingo, dia 8 de janeiro, em Brasília, todos os democratas devem prestar atenção nos movimentos políticos da extrema-direita. Os governadores, principalmente, para evitar atos terroristas e reconquistar as polícias, tendo a defesa do Estado Democrático de Direito como centro gravitacional.

É fundamental a manutenção da unidade em torno da defesa da Constituição e das liberdades.

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2 Comentários

  • A ESTRATEGIA QUE DEU CERTO PARA VARGAS CONCRETIZAR A DITADURA DO ESTADO NOVO.

  • O Presidente Bolsonaro, nunca pactuaou com atos de vandalismo , um homem que fez um governo democrático, nunca perseguiu nenhuma pessoa por ter falado dele ou do governo, por onde ele ia era recebido pelas multidões e chamado de mito. Isso que provocou revolta da esquerda.o pior ciume é de homem.

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