14 de janeiro de 2023 10:03 por Da Redação
Delegado da Polícia Federal e ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Anderson Torres é um dos peões do golpe de estado fracassado contra a democracia brasileira. A trama armada a partir do Palácio do Planalto está sendo desvendada e os articuladores investigados e punidos.
Alguns conspiradores já foram presos, como é o caso do comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira. O governador do DF, Ibanês Rocha (MDB), foi afastado do cargo por 90 dias pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Na linguagem policial, que Anderson Torres bem conhece, quando o criminoso é descoberto pelas forças policiais, diz-se que “a casa caiu”. Passados apenas seis dias dos atos terroristas contra os Três Poderes, o que a sociedade brasileira e a comunidade internacional têm tomado conhecimento é de que a democracia sobreviveu.
Torres, que foi preso hoje (14) em Brasília, logo depois de desembarcar de voo vindo dos Estados Unidos, é um dos braços da extrema-direita brasileira que serviu como faz-tudo para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em sua casa, a PF encontrou documentos como a “Minuta do Estado de Defesa”, mas que a mídia nacional classificou como a “Minuta do Golpe”.
No documento, está escrito que seria decretado Estado de Defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), incluindo todas as dependências onde houve “tramitação de documentos, petições e decisões acerca do processo eleitoral presidencial de 2022, bem o tratamento de dados telemáticos específicos de registros contabilização e apurações de votos coletados por urnas eletrônicas em todas as zonas e seções disponibilizadas em território nacional”.
Esta seria a última possibilidade para a extrema-direita permanecer no poder, por meio de golpe. Anderson Torres é coerente com o pensamento político de Jair Bolsonaro, que revelou seu projeto de “destruir tudo isso daí”. Torres foi uma das pontas de lança da estratégia política da extrema-direita, que fracassou no golpe.
1 Comentário
Anderson Torres se comporta com submissão diante de seu mestre, foi assim durante todo governo Bolsonaro, serviu de chacota e agora paga com humilhação e escolta da Polícia americana no embarque para o Brasil.