Na primeira reunião do ano do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Maceió, que aconteceu na última terça-feira (7), a professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Valéria Correia questionou, por meio de requerimento, a suposta falta de transparência na “entrega” da Atenção Básica do município ao Instituto de Gestão Aplicada (IGA).
Segundo a representante do Fórum Alagoano em Defesa do SUS no CMS, o IGA já foi denunciado judicialmente por diversas irregularidades administrativas e trabalhistas. Valéria Correia também questionou, formalmente, as condições para a escolha dos membros do Conselho Municipal de Saúde. “É preciso elegermos mais representantes comprometidos com a defesa da saúde pública de qualidade para equilibrar a correlação interna de forças”, destacou.
Na mesma reunião, ela provocou os outros conselheiros sobre a possibilidade de reverter a decisão de autorizar a privatização da Atenção Básica à Saúde, aprovada em meados do ano passado.
“Estamos aguardando as repostas. Porque saúde não é mercadoria, portanto não se compra e nem se vende”, afirmou, ao criticar a demora na marcação da reunião do CMs, solicitada em 2022, “antes da votação da privatização da Atenção Básica à Saúde da capital, mas que só se realizou meses após a aprovação pelo CMS da proposta do governo JHC”.