O deputado estadual Delegado Leonam Pinheiro (União) pediu esclarecimentos à BRK Ambiental sobre o motivo de os alagoanos pagarem um dos preços mais altos do país pelo metro cúbico de água.
Nas redes sociais, o parlamentar disse que enviou ofício à concessionária para saber por que em Alagoas são cobrados R$ 262,41 por 15m³ de água – medida correspondente ao consumo médio das famílias brasileiras –, enquanto em São Paulo este valor é de R$ 107,06. Na comparação com o estado do Pará, quem mora na Região Metropolitana de Maceió recebe uma conta de água 60% mais cara.
Tudo isso por serviços que, de acordo com o parlamentar, são de qualidade duvidosa. “Nós estamos cansados de ver por toda a cidade, na verdade, por todo o estado, obras inconcluídas (sic) e, além disso, nós vemos, constantemente, queixas de falta d’água, de água barrenta, um desserviço à sociedade alagoana”, afirmou Leonam.
Os seguidores do deputado também reclamam. “Este é o preço das privatizações feitas sem análise e estudos qualificados! O povo padece quando não há humanização nas políticas públicas!”, disse um internauta na publicação do Delegado Leonam.
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Empresa se defende
Em nota, a BRK Ambiental afirma que os preços dos serviços de água e esgoto, na Região Metropolitana de Maceió, são definidos pela Agência de Regulação de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal), e que a atual política tarifária é a mesma que era utilizada pela Companhia de saneamento de Alagoas (Casal).
Diz ainda que, para a definição das tarifas, devem ser considerados os “custos que envolvem os processos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário nos respectivos cenários, bem como as diferentes realidades relacionadas à infraestrutura de saneamento básico disponíveis”.
Leia a nota abaixo, na íntegra:
NOTA
A BRK informa que a estrutura tarifária dos serviços de água e esgoto aplicada na Região Metropolitana de Maceió é definida pela Agência de Regulação de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal), de acordo com a Lei Federal 11.445, que regulamenta as diretrizes nacionais para o saneamento básico.
A empresa reforça, ainda, que a estrutura tarifária vigente é a mesma que era praticada pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), com a aplicação das devidas atualizações inflacionárias previstas desde o processo licitatório da concessão.
A BRK ressalta que, para que seja fidedigna, a comparação entre as tarifas aplicadas na Região Metropolitana de Maceió e em outras regiões deve considerar todos os custos que envolvem os processos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário nos respectivos cenários, bem como as diferentes realidades relacionadas à infraestrutura de saneamento básico disponíveis.
A concessionária está comprometida em levar saneamento de qualidade aos 13 municípios alagoanos onde atua, com investimentos que garantirão a universalização do acesso à agua e aos serviços de esgotamento sanitário para 1,5 milhão de pessoas.