24 de março de 2023 5:30 por Da Redação
Aconteceu nesta quinta-feira (23) a estreia da Mostra Curta Pilar, a primeira e a maior mostra de cinema do município, no Cine Pilarense. Foi um momento em que o público se transportou para a época do cinema de rua tradicional e conheceu ainda mais a produção audiovisual alagoana, com direito à distribuição gratuita de pipoca e à magia da telona.
Estavam presentes a vice-prefeita de Pilar, Ivanilda Rodrigues, representando o prefeito Renato Filho; o secretário de Educação e de Cultura, Clewerton Cavalcante; o diretor do Cine Pilarense, Sérgio Moraes; a diretora de cultura de Pilar, Ruthnea Camêlo e o idealizador da mostra, Alex Zampielly.
Ao entrar no cinema, foi possível se contagiar com a energia dos anos 20, década em que o Cine Pilarense surgiu. O cenário da mostra também contribuiu para o encantamento. Havia uma cadeira de diretor de cinema e uma claquete “instagramáveis”, que também prenderam a atenção do público.
Foi também a primeira vez que a dona Marilene de Oliveira, estudante da EJAI, da escola municipal Jacy Ayres, foi ao cinema. Ela contou que amou a programação. “Eu amei muito, foi tudo muito bom. É a primeira vez que eu venho. Amei o primeiro filme, me emocionei muito. Espero voltar mais vezes”, disse.
A cerimônia de abertura começou com a fala da diretora de cultura, Ruthnea Camêlo. “A gente não tinha esperança desse cinema voltar a ser o que era antes, mas aí com a nova gestão esse prédio foi levantado. Hoje a gente vive e respira a cultura”, comemorou a diretora.
Para o secretário Clewerton Cavalcante, ver o cinema funcionando, após 30 anos parado, é uma alegria.
“O Cine Pilarense esteve 30 anos abandonado e foi transformado em um espaço como esse. Espaço de cultura, entretenimento, visibilidade e isso é muito importante para a comunidade”, disse o secretário.
A vez de falar foi de Ivanilda Rodrigues, vice-prefeita de Pilar, representando o prefeito Renato Filho. Ela agradeceu a todos pela presença e contou um pouco da sua relação com o cinema.
“Eu quero agradecer a todos os envolvidos neste projeto e desejar que seja a primeira de muitas mostras. Cinema fez parte da minha vida desde a infância. Meu pai era fanático por cinemas, me trazia ainda quando eu era criança. E quando fui estudar educação artística, eu tive uma honra de ter um professor que me fez amar ainda mais o cinema. Cada vez que eu vejo o cinema se fortalecer mesmo diante de tantas dificuldades, eu me alegro, porque a cultura tem resistido”, contou.
A mesa de honra também contou com a presença do diretor do Cine Pilarense, Sérgio Moraes. Ele enfatizou o compromisso da Prefeitura com a reconstrução do Cine.
Alex Zampielly, idealizador e realizador da mostra, disse que suas expectativas foram superadas. “Eu estava com um friozinho na barriga ao ver as coisas acontecerem e pensando em como as coisas aconteceriam essa noite. Mas as minhas expectativas foram superadas e ocorreu tudo bem. A abertura foi linda, com participações fantásticas. A gente conseguiu e está conseguindo atingir o objetivo sonhado lá atrás, que é fazer as pessoas pensarem a sétima arte a partir da sua emoção, a partir de um reconhecimento de algo que está acontecendo na tela, trazendo para o nosso cotidiano”.
Após o momento de falas, foram entregues troféus de participação para as autoridades e os realizadores dos filmes. Logo em seguida, foi realizada a mostra oficial, com a exibição de três filmes alagoanos: “O Que Lembro Tenho”, de Rafhael Barbosa; “Trincheira”, de Paulo Silver; e “A Última Pena de Morte do Brasil”, de Alberto do Carmo. Durante todas as sessões havia alguém emocionado, chorando ou com o brilho nos olhos, da criança ao idoso.
Também estavam presentes três representantes dos filmes exibidos: Paulo Silver (Trincheira), Vanessa Mota (O que Lembro Tenho) e Sérgio Moraes (A Última Pena de Morte do Brasil), que encerraram a noite participando de um bate-papo com o público.
Fonte: Assessoria