28 de março de 2023 11:52 por Da Redação
O presidente Lula (PT) anunciou a retomada do programa Mais Médicos, sendo abertas mais de 15 mil vagas. O governo federal definiu que, até o final de 2023, serão 28 mil profissionais fixados em todo o país, principalmente, nas áreas de extrema pobreza. Com isso, mais de 96 milhões de brasileiros terão a garantia de atendimento médico na atenção primária, porta de entrada do SUS.
“Nesse momento, o foco está em garantir a presença de médicos brasileiros no Mais Médicos, um incentivo aos profissionais do nosso país. Se não houver quantitativo, teremos a opção de médicos brasileiros formados no exterior. E, se ainda assim não tivermos os profissionais, optaremos por médicos estrangeiros. O nosso objetivo não é saber a nacionalidade do médico, mas a nacionalidade do paciente, que é um brasileiro que precisa de saúde”, defendeu.
A presidente do Sinmed, Sílvia Melo, defende que a alternativa mais eficaz para fixar médicos em cidades distantes dos centros urbanos, sobretudo os de difícil acesso e acentuada vulnerabilidade social, é a criação da Carreira Nacional de Médicos.
“As reivindicações da categoria como plano de carreira e salários atraentes são pontos que merecem serem discutidos, mas o sindicato e as outras entidades não devem se contrapor ao programa que atendeu e atenderá milhões de brasileiros que vivem em cidades e localidades distantes dos centros urbanos sem acesso a médicos ou qualquer outro profissional de saúde há muitas décadas”, declarou ao 082 Notícias um médico que pediu para nãos ser identificado.
A população quer ser atendida por médicos em suas cidades durante a semana e nos finais de semana. O programa Mais Médicos voltará a ser um dos braços da política pública de saúde do governo federal.
Bolsonarismo entranhado
As entidades de classe que representam os médicos no Brasil, como o Conselho Nacional de Medicina e sindicatos (não todos) serviram de base de apoio político e “técnico” do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos seus ministros negacionistas.
Quando milhares de brasileiros estavam morrendo as entidades apoiaram o governo que intensificava o genocídio com prescrições de medicamento ineficazes para o tratamento da Covid-19.
Em Alagoas, o Conselho Regional de Medicina (CRM) também apoiou Bolsonaro e defendeu e indicava o tratamento precoce.
Em 10 de março de 2021, o presidente do CRM-AL (Conselho Regional de Medicina de Alagoas), Fernando Pedrosa, participou de uma live sobre tratamento precoce da Covid-19. A “Super live multidisciplinar de atualização – Tratamento precoce da covid-19” contou também com a participação da imunologista e oncologista Nise Yamaguchi, que foi afastada do hospital Albert Einstein por defender o uso da hidroxicloroquina.
No site de divulgação do evento, a associação informou que a ação é de “médicos que defendem e praticam o tratamento precoce da Covid-19”. No rodapé, o aviso de que o patrocínio veio de “empresários em ação“.
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