Maceió é o principal campo a ser disputado pelas forças políticas hegemônicas nas próximas eleições. A vantagem do prefeito JHC (PL) é inegável. Ele tem sido apontado pelas pesquisas de opinião como a opção preferencial dos eleitores e tem uma posição confortável, até agora, na caminhada rumo à reeleição.
O MDB, liderado pelo senador Renan Calheiros, pretende protagonizar a disputa em 2024. Os vereadores do partido começam a ser cobrados para se definirem como oposicionistas. A bancada do MDB esteve bem posta nas composições internas da Câmara Municipal. O pragmatismo é determinante e condutor de todos os acordos e ações dos vereadores.
A largada para a disputa coordenada pelo senador Renan Calheiros está imprimindo um novo ritmo. Calheiros, em comum acordo com o governador Paulo Dantas (MDB), quer, antecipadamente, saber quem são os seus correligionários. E isso não significa apenas a filiação ao MDB, mas, uma tomada de posição politica clara.
Enquanto isso, JHC continua avançando cada vez mais no eleitorado da capital. O deputado extremista Alfredo Gaspar de Mendonça (União Brasil) tem se mostrado cada vez mais radical e pretende ser candidato a prefeito de Maceió mais uma vez.
Direita e extrema-direita estão em campanha faz tempo. O espólio bolsonarista ainda é grande e será objeto de disputa entre os dois apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O objetivo tático do líder do MDB é, com antecedência, “limpar” a sigla dos vereadores que estão usufruindo das benesses dos dois campos, prefeitura e governo estadual. Superada a primeira etapa, a segunda será atrair nomes com mandatos que possam compor a chapa com densidade eleitoral.
Esses cuidados não são usuais, historicamente, no MDB na capital. É provável que as muitas derrotas tenham ensinado que o trabalho de formação de grupo com antecedência possa virar o jogo. É uma mudança de atitude que, no mínimo, pode ser vista como redução de danos.