terça-feira 7 de janeiro de 2025

Eleições 2024: situação de JHC é confortável, mas, oposição ainda tem tempo de se organizar

Prefeito de Maceió se articula como se não tivesse adversário. O que, por enquanto, não há de fato

27 de abril de 2023 3:04 por Geraldo de Majella

Foto: Divulgação

O prefeito de Maceió, JHC (PL), tem se movimentado como se não tivesse opositor nas eleições para prefeito e vereadores no próximo ano. De fato, no momento, não há, mas, isso não significa dizer que não haverá disputa e que a eleição será vencida por Wx0, como no futebol, quando o juiz declara vencedor o time presente em campo. Não é razoável acreditar nessa hipótese.

O maior desafio para JHC não será a comunicação com a juventude pelas redes sociais, campo onde tem reinado. Será a discussão sobre problemas reais da capital alagoana, sobre o aprofundamento da vulnerabilidade da maioria da população da cidade, sem emprego e proteção social, que deve pautar a campanha eleitoral.

O grupo político liderado pelos senadores Renan Calheiros (MDB) e Renan Filho (MDB), e pelo governador Paulo Dantas (MDB) vai sair da inação política em que está, quando o assunto é a realidade da capital.

A aliança articulada por JHC e Arthur Lira ainda não foi anunciada, porém, vem sendo gestada nos bastidores. O prefeito partilhou os espaços na máquina administrativa municipal com os principais “puxadores de votos” na capital.

O tempo pode beneficiar a oposição – as eleições serão em outubro de 2024 -, no entanto, não pode improvisar estratégias. Nesse caso, a derrota é certa, por antecipação.

A disputa pela Prefeitura de Maceió é um passo importante para os grupos políticos que disputam o poder em Alagoas. De um lado, o deputado Arthur Lira. Do outro, o grupo governista formado pelos senadores Renan Calheiros e Renan Filho, o governador Paulo Dantas, Ronaldo Lessa e Rui Palmeira.

JHC é o único político no exercício do poder que não tem um grupo estruturado.

As especulações de como estão sendo feitas as acomodações para constituir o bloco do prefeito JHC, que é inegavelmente forte, tem apenas dois negociadores: JHC e Arthur Lira. Os demais são coadjuvantes.

A extrema-direita, escalada com Alfredo Gaspar, Fábio Costa, Cabo Bebeto e Leonan é a cozinha política do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira. São deputados bloqueados para voos políticos que não tenham a autorização do todo-poderoso Arthur Lira.

O mesmo acontece com Davi Filho, que também não tem grupo e para sobreviver politicamente depende para se movimentar da anuência de Arthur Lira.

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