O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na terça-feira (9) e deve encerrar o próximo dia 15 o julgamento de mais um bloco de pessoas denunciadas por envolvimento nos atos terroristas de 8 de janeiro deste ano. Entre elas, há 11 alagoanos.
Com 250 pessoas, este é o quarto bloco de denúncias submetidas ao colegiado, somando 800 até o momento. Se as denúncias forem recebidas, eles viram réus, e o processo terá seguimento com a fase de coleta de provas, que inclui os depoimentos das testemunhas de defesa e acusação. Depois, o STF julgará se condena ou absolve os acusados, o que não tem prazo específico para ocorrer.
De Alagoas, três já viraram réus em julgamentos anteriores: Ademir Almeida da Silva, Jacson Augusto dos Santos e Jamerson Cassimiro da Silva Alves. Neste bloco, iniciado na terça-feira, estão na lista José Gilberto da Silva Ferreira Filho, José Leonaldo dos Santos Silva, José Mauro Silva Júnior e Marcos de Almeida Ferreira.
Os golpistas que apoiaram o acampamento na frente do Quartel do 59º BIMTz, na Avenida Fernandes Lima, em Maceió, ficaram sem liderança política. O núcleo político silenciou.
As vozes altissonantes dos membros do núcleo político golpista – deputados federais Alfredo Gaspar (União Brasil- AL), Delegado Fábio Costa (PP-AL), dos deputados estaduais Cabo Bebeto (PL-AL) e Delegado Leonam (União Brasil-AL) e do vereador Leonardo Dias (PL-AL) – agora têm outra pauta.
O desfecho dos atos terroristas se encaminha para a condenação dos que participaram, dos financiadores e de quem apoiou. Este último grupo está sendo investigado e a polícia já fecha o cerco contra a cúpula golpista, chegando a nomes como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o tenente-coronel Mauro Cid. O principal interessado e dirigente das ações terroristas, o ex-presidente Jair Bolsonaro, está sendo investigado e tem comparecido à Polícia Federal para depor.
Os golpistas alagoanos estão encolhidos, abandonaram os seus liderados que estão presos e tudo indica serão condenados pelos crimes que cometeram.