Por Redação Na Mira
O cinema brasileiro comemorou, na segunda-feira (19), 125 anos de história. Em celebração à data, 144 obras nacionais que estavam na Itália desde 1979 foram repatriadas no último sábado (17).
Entre os títulos estão filmes como “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade, e “Vidas Secas”, de Nelson Pereira dos Santos. Após 44 anos, o acervo retorna para a guarda Agência Nacional do Cinema (Ancine).
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, comemorou a volta das obras. “O retorno desse acervo é um reencontro do país com sua própria cultura, com sua memória e sua identidade. Reforça também a importância do trabalho de preservação e de difusão das obras para os estudiosos e os amantes do cinema, que será feito aqui pela Cinemateca Brasileira”, disse.
As obras pertenciam à Embrafilme, que era localizada em Roma. Após a extinção da empresa, o acervo ficou fechado no antigo escritório desde o final da década de 1970. No total, o material é composto por 524 rolos de acetado, pesando quase duas toneladas.
O resgate do acervo precisou envolver a embaixada brasileira em Roma, o Itamaraty, a Força Aérea Brasileira (FAB), o MinC e a Ancine. “É possível que haja ali títulos considerados ‘perdidos’, dos quais já não existem outras cópias no Brasil”, afirmou Hudson Caldeira, chefe do Setor Cultural da Embaixada do Brasil em Roma.
Títulos que retornaram ao Brasil:
O Menino do Tietê;
A Hora e a Vez de Augusto Matraga;
Porto das caixas;
O profeta da fome;
As amorosas;
Pindorama;
Copacabana me engana;
Macunaíma;
Os fuzis;
Lucíola, o anjo pecador;
As sete faces de um cafajeste;
Tempo de violência;
Corpo ardente;
Faustão;
Soledade a bagaceira;
O marido sem chifre em jardim
sem flor (trailer);
Marcelo zona sul;
Esse mundo é meu;
Bahia de todos os santos;
A margem;
La vita comincia domani;
Quando as mulheres paqueram;
Assim nem a cama aguenta;
Menino de engenho;
Antes o verão;
Perpétua;
Terra é sempre terra ;
O homem nu;
Ainda agarro essa vizinha;
Anjos da noite;
Vidas secas.