quarta-feira 25 de dezembro de 2024

Ministério Público passa a investigar usuários do Simulador de Escravidão

Alvo é identificar jogadores que postaram comentários racistas e discriminatórios em avaliações do game na loja virtual Play Store
Jogo está disponível na loja de aplicativos do Google | Reprodução

Por André Cintra, do portal Vermelho

Google e a Magnus Games – que desenvolveu o game Simulador de Escravidão – não serão os únicos investigados por crime de ódio e racismo. De acordo com a promotora Maria Fernanda Pinto, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) também vai apurar a responsabilidade de usuários.

O alvo é identificar jogadores que postaram comentários racistas e discriminatórios em avaliações do game na loja virtual Play Store. Segundo o MP-SP, esses usuários podem ser responsabilizados criminalmente. O jogo foi retirado da loja em 24 de maio após ser alvo de dez representações e virar assunto nacional.

“O que chama atenção são as pessoas que baixaram e comentaram, com aspectos muito reprováveis de um racismo muito escancarado – e comentários indefiníveis em termos de gravidade e horror, que ferem qualquer parâmetro de civilização. Esse tipo de coisa travestido de entretenimento é ainda pior”, declarou Maria Fernanda. “A falha da plataforma evidentemente teve porque o aplicativo foi para o ar.”

Com mais de mil downloads e 70 avaliações desde abril de 2023, o game reproduz a lógica das condições de trabalho do período colonial, quando milhões de africanos foram trazidos à força à América e escravizados. Segundo o G1, “o programa simulava que pessoas negras poderiam ser castigadas ao longo das partidas”.

Os usuários tinham a opção de jogar como “proprietário de escravos” na modalidade “tirana”, lucrando com o regime e reprimindo violentamente fugas e rebeliões. O game suscitou uma onda de “discursos de ódio”. “Nos comentários, algumas pessoas reclamavam de poucas possibilidades de agressão”, relatou o G1.

O caso está sob investigação do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi) do MP, que apura circunstâncias em que o game foi liberado pelo Google. O Ministério Público quer saber se o jogo passou por “análise humana no processo” ou se foi aprovado automaticamente.

Please follow and like us:
Pin Share

Mais lidas

Paulão cita 082 Notícias e volta a denunciar crime da Braskem em Maceió

O deputado federal Paulão (PT) usou o artigo “A Justiça que segrega”, do historiador

Polícia científica identifica digitais de suspeitos em brigas entre torcedores de CSA e CRB

Uma perícia realizada pelo Instituto de Criminalística de Maceió em um veículo utilizado na

Cultura reúne artistas musicais para novo cronograma do 6º Festival Em Cantos de Alagoas

A Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult) reuniu, na terça-feira (10),

TRE proíbe motorista de aplicativo de colar adesivo de candidatos

Veículos cadastrados em aplicativos de transporte urbano, como Uber, 99, InDriver e outros, não

Eleições 2024: cresce em 78% o número de eleitores menores de 18 anos

Por Iram Alfaia, do portal Vermelho O Brasil possui 1.836.081 eleitores menores de 18

Eleitores vítimas da Braskem são orientados a buscar novos locais de votação

A mineração predatória que a multinacional Braskem S/A realizou em Maceió por quase 50

  Dados de Projetos Esportivos Clube de Regatas Brasil – CRB Autor Descrição da

Senador vê desprendimento na renúncia de Joe Biden

O senador alagoano Renan Filho (MDB), ministro dos Transportes no terceiro governo do presidente

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *