Por William Schendes, do Olhar Digital
Edward Fredkin, que morreu no dia 13 de junho, foi um físico norte-americano e influente professor de ciência da computação no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Como pesquisador foi um dos pioneiros em inteligência artificial e precursor da física digital.
Uma de suas ideias mais populares era de que todo o universo poderia funcionar como um imenso computador.
A importância de Edward Fredkin para a computação
- Ao deixar a Força Aérea dos EUA para se tornar a piloto de caça no final dos nos 50, levou Edwards para o MIT Lincoln Laboratory onde se tornou um dos primeiros programadores de computador;
- Ao longo de sua carreira como professor do MIT, suas ideais e teorias contribuíram com os estudos da ciência da computação, IA e sistemas complexos;
- Nos anos 60 ajudou a desenvolver as primeiras versões de computadores de acesso múltiplo como parte de um projeto financiado pelo Pentágono dos EUA;
- Em entrevista ao New York Times, Gerald Sussman, professor de engenharia eletrônica e antigo colega de Fredkin, disse que ele foi “um dos primeiros programadores de computador do mundo”.
Universo como um computador gigante
Muito antes dos filmes de Matrix abordarem a reflexão sobre a possibilidade de vivermos em uma simulação, Fredkin propôs a teoria que dizia que o universo era um computador gigante. Na qual ele se baseou na ideia de que a “informação é mais fundamental que a matéria e energia”.
De acordo com o autor de ciência Robert Wright na revista científica The Atlantic Monthly publicada em 1988, Fredkin acreditava que “átomos, elétrons e quarks consistem basicamente em bits”. Ou seja, tudo que existe faria parte de unidades binárias de informação usadas por computadores.
Paradoxo de Fredkin
Outra contribuição do cientista foi o Paradoxo de Fredkin, que consiste no seguinte: toda vez que alguém precisa tomar uma decisão baseada entre duas coisas, quanto mais as opções forem boas escolhas, maior será o tempo para definir a decisão. Caso uma das opções seja claramente melhor que a outra, o tempo de escolha será menor.
Meio óbvio né? Mas aí está o paradoxo, quanto mais difícil for escolher entre duas opções difíceis, menor será o efeito que aquela decisão terá, afinal ambas as opções são boas a ponto de alguém não saber qual escolher.
*Com informações de New York Post e Boston.com.