quinta-feira 9 de janeiro de 2025

Ataques do 8/1 completam seis meses com 1290 processados e 253 presos

STF ainda deve analisar pedidos da PGR contra os incentivadores dos atos, como Bolsonaro, que já depôs; em paralelo CPMI convocou o ex-ajudante de ordens Mauro Cid
Rosa Weber e Alexandre de Moraes em visita aos presos na Papuda | Divulgação/STF

Por Murilo da Silva, do portal Vermelho

No último sábado (8) se completou 6 meses dos ataques golpistas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF). Desde então o Supremo Tribunal Federal já abriu processos contra 1290 acusados de envolvimento com as ações do 8 de Janeiro, de acordo com o g1. As acusações foram aceitas a partir das denúncias feitas pela Procuradoria Geral da República (PGR).

Como é informado pela Corte, 253 réus continuam presos e cem denúncias aguardam julgamento. O Supremo está em recesso entre 2 e 31 de julho. No retorno para os trabalhos do segundo semestre, a Corte começará a julgar os casos.

Ainda é necessário analisar inquéritos da PGR sobre os instigadores dos atos de vandalismo que tem foro privilegiado. Constam neste seleto grupo de ‘mentores intelectuais’ o ex-presidente Jair Bolsonaro (que depôs em abril), o governador do DF Ibaneis Rocha, o ex-ministro Anderson Torres e os deputados General Girão, André Fernandes, Clarissa Tércio e Silvia Waiãpi. No caso das deputadas a PGR pediu arquivamento com o avanço das investigações.

CPMI

Enquanto o STF está em recesso, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro, avança na próxima semana. Na terça-feira (11), o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, terá que comparecer à CPMI.

Não se sabe se ficará calado para não se autoincriminar, ou se prestará esclarecimentos. Cid está preso acusado de falsificar cartões de vacinação desde 3 de maio.

Agora novas acusações podem pesar contra ele após ter seu celular apreendido pela justiça. Nas mensagens encontradas pela Polícia Federal foi visto que Cid participava de conversas sobre um possível golpe militar.

Algumas das trocas de mensagens se davam com o coronel Jean Lawand Junior que já prestou depoimento na CPMI. Lawand foi criticado por parlamentares ao menosprezar o trabalho realizado e por mentir na oitiva. Ele pode ser processado por falso testemunho.

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