quinta-feira 26 de dezembro de 2024

Ex-diretor da Sony faz novas acusações sobre viúva de Gal Costa

Pacheco contou que teria ameaçado desistir do projeto de Gal por conta da má convivência com a viúva
Gal Costa e Wilma Petrillo, em 1998 | Edson Ruiz/Folhapress

Por Giovanna Camiotto, do Pipoca Moderna

André Pacheco, ex-gerente de marketing da Sony, revolveu se pronunciar após a repercussão das graves acusações contra Wilma Petrillo. Segundo ele, a viúva de Gal Costa teria boicotado contratos e vetado clipes no período em que ela era contratada da gravadora.

Em entrevista à revista Quem, Pacheco contou que os conflitos surgiram durante a divulgação do disco “Estratosférica” (2015), quando ele era responsável pela promoção do projeto e das vendas da turnê homônima.

“Ninguém queria o projeto, mesmo que fosse maravilhoso, por causa dela [da viúva], mas conseguimos. Quando Gal chegou [na gravadora], começamos a ter vários problemas por causa de contrato, com Wilma, o que pode e o que não pode, mas a Gal sempre só sabia de metade da história”, ele detalhou.

Pacheco contou que teria ameaçado desistir do projeto de Gal por conta da má convivência com a viúva. O empresário ainda destacou as tentativas de boicotar a presença de Wilma nas reuniões da gravadora.

“Eu via ela fazendo muitas coisas horrorosas. Mas, pra preservar minha relação com a Gal, eu preservava a minha relação com a Wilma. E, nesse meio tempo, a gente combinou que a Wilma não iria frequentar as minhas reuniões. […] Quando a Wilma ia, eu não fazia a reunião”, afirmou o ex-empresário.

“Porque tudo o que a gente combinava ou a Wilma não fazia ou não assinava o contrato. A Gal estava com uma empresária que não conseguia vender show, porque ninguém mais contratava ela por causa da Wilma. […] Só que era assim. Tudo que a gente decidia ‘agora’, daqui três horas, quando ela chegava em casa, Gal me falava: ‘Ai, Pacheco, não vai rolar’. […] Era sempre a Wilma por trás.”

Mais acusações

O ex-empresário ainda destacou que Wilma Petrillo não estava preocupada com os planos da carreira de Gal Costa: “Não existia diálogo. O presidente da época [da Sony]realmente não falava mais com a Wilma. […] A gente fazendo notas de show, contratos de turnê e ela fazendo a apática, vendendo um show paralelo de voz e violão, como está na matéria da Piauí.”

A partir daí, a cantora teve sua parceria com a gravadora abalada por conta de acreditar que a empresa não estava empenhada nos negócios. “A gravadora se distanciou 90%. Só não foi 100%, porque eu era o conector. Eu era gerente de marketing e em especial isso nunca tinha acontecido. A gente resolveu investir no projeto. E neste investimento, eu terminei sendo o empresário dela via gravadora”, afirmou.

André Pacheco disse ter sido responsável por dois clipes de Gal Costa, que foram vetados pela esposa da artista posteriormente. Um deles era de “Quando Você Olha Pra Ela”, de autoria da Mallu Magalhães, feito com orçamento de R$ 90 mil.

“Tava tudo lindo, pronto, autorizado. Ficou só entre eu, Gal, Wilma e Marcus Preto [produtor]. A Gal pirou, adorou, achou que estava lindo. Mas quem assinava era a Wilma e e ela não autorizou a liberação. Quando viu, não foi bem assim que ela disse, mas disse: ‘Se tiver travestis, não entra’. Eu disse: ‘Mas Wilma, não tem travestis. É estética agênero’. Ela: ‘Travestis’.”

“Esse primeiro eu não sei te falar precisamente se a propriedade dele chegou a ser da Sony por conta disso, dos contratos. (…) Aí gravamos outro clipe, no palco, de drone. Ficou maravilhoso, mas não foi lançado porque a Wilma disse que ‘a Gal não estava bonita’.”

Gota d’água

O empresário relembrou que, em meio a veto dos projetos, a situação com Wilma teve um estopim: “Tirei dois meses de licença. A empresa perguntou se eu teria condições de pelo menos cuidar da Gal, já que ninguém tinha condições de lidar com a Wilma.”

“Neste meio tempo, vou falar de uma maneira bem suave, mas interprete como quiser. A gravadora demitiu a Gal por conta da Wilma, porque ela não assinava nenhum contrato, não cumpria nenhuma norma e a Gal era a vítima. A Gal sempre foi a vítima”, destacou Pacheco.

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