sexta-feira 25 de outubro de 2024

Volkswagen 70 anos: relembre os 5 carros mais obscuros da marca

Alguns dos veículos que a marca produziu no país são tão raros que, hoje, muita gente nem os conhece
Apollo é um dos carros desconhecidos da Volkswagen | Volkswagen/Divulgação

Por Alexandre Carneiro, do Vrum

Toda história costuma ter capítulos desconhecidos. A da Volkswagen no Brasil, que acaba de completar 70 anos, não é diferente: a marca lançou alguns carros que, para muitos, são desconhecidos atualmente. Quase todos eles venderam pouco e saíram de linha rapidamente, de modo que é bem difícil ver um exemplar rodando por aí.

Se você gosta da história da indústria automobilística ou de carros antigos da Volkswagen, não pode perder este listão. O VRUM enumerou os 5 carros mais obscuros produzidos pela Volkswagen no Brasil. Confira!

1- Volkswagen 1600 (Zé do Caixão)

Baixos números de vendas fazem do 1600 uma verdadeira raridade atualmente | Volkswagen/Divulgação

O sedan 1600 já foi recentemente citado em outro listão, que relembrou os carros da Volkswagen que fracassaram no Brasil. É que ele teve vendas tímidas e acabou saindo de linha em 1970, cerca de dois anos após o lançamento, que havia ocorrido em 1968. Aliás, exatamente por isso, ele acabou ficando obscuro: afinal, somou apenas 24.475 unidades produzidas durante esse breve período.

Devido aos baixos números de produção, o Volkswagen 1600 sempre foi figura rara nas ruas. Vale lembrar que o responsável pelo fraco desempenho comercial teria sido o design: os consumidores acabaram associando o veículo a um esquife, do qual as quatro maçanetas das portas seriam as alças. Por isso, surgiu o apelido “Zé do Caixão”, em alusão ao personagem do cineasta José Mojica Marins.

2- Brasília 4 portas

Brasilia com carroceria de quatro portas teve apenas 2.000 unidades emplacadas, aproximadamente | Arquivo EM

Talvez você nem saiba, mas a Volkswagen produziu uma versão de quatro portas da Brasilia. Na verdade, a fabricação dessa configuração no país começou em 1975, mas toda a produção era exportada, em razão da estranha preferência dos consumidores brasileiros da época, que priorizavam veículos de duas portas. Só em 1977 essa opção foi, enfim, disponibilizada no mercado local.

Os números de vendas, porém, confirmaram a tal preferência local: das cerca de 950 mil unidades que a Brasília emplacou ao longo da trajetória, apenas cerca de 2.000 teriam a carroceria de duas portas. A maioria desses carros acabou nas mãos de taxistas, que constituíram o maior público para a então novidade da Volkswagen.

3- Variant II

Este carro não é uma Brasilia, e sim uma Variant II | Volkswagen/Divulgação

Até mesmo olhos bem atentos podem pensar que o veículo da foto acima é uma Brasilia, mas, na verdade, trata-se da segunda geração da perua Variant. Visualmente, os dois modelos são bem parecidos, mas o segundo trazia vantagens importantes em termos de projeto, como as suspensões do tipo McPherson na dianteira e por braço arrastado na traseira, além de maior espaço para bagagem.

Entretanto, apesar das evoluções técnicas, a Variant II vendeu muito pouco: foram cerca de 37 mil exemplares ao longo de pouco mais de três anos, entre 1977 e 1981. Para afeito de comparação, a primeira geração da perua somou cerca de 256 mil unidades produzidas entre 1969 e 1977.

4- Volkswagen Apollo

Fruto da Autolatina, unidão da Volkswagen com a Ford, o Apollo era um clone do Verona | Volkswagen/Divulgação

Em comparação a outros carros deste listão, até que o Volkswagen Apollo não teve vendas assim tão fracas: a produção alcançou pouco mais de 50 mil veículos entre 1990 e 1992. A grande questão é que modelo, na verdade, era um Ford: grosso modo, não passava de um clone do Verona, um cupê derivado do Escort. E é exatamente por isso que ele acabou ficando obscurecido.

Apesar de a Volkswagen ter providenciado mudanças na calibração da suspensão e nas relações do câmbio, o Apollo, na prática, tinha cara e dirigibilidade típicas da Ford. Assim, não surpreende que o Verona tenha feito sucesso bem maior: contabilizou cerca de 115 mil unidades comercializadas durante o mesmo período e teve uma segunda geração em 1993.

5- Golf GTI VR6

Série do Golf GTI VR6 era limitadíssima: as 99 unidades vinham numeradas | Volkswagen/Divulgação

Eis um daqueles carros que foi, literalmente, feito para ser raro: isso, porque a Volkswagen limitou a tiragem do Golf GTI VR6 a apenas 99 unidades para o mercado nacional, no ano de 2003. A empresa produzia essa versão, equipada com um motor 2.8 de seis cilindros e 200cv, em São José dos Pinhais (PR), mas, até então, destinava toda a produção à exportação.

Na prática, o desempenho do Golf VR6 nem era muito superior ao do GTI convencional, cujo motor 1.8 turbo rendia 180cv: a potência ligeiramente menor era compensada pelo peso mais baixo. Mas, ainda assim, esse modelo se tornou um dos mais desejados já feitos pela Volkswagen no Brasil, graças à potência, à raridade e ainda à exclusiva carroceria de duas portas.

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