sexta-feira 10 de janeiro de 2025

Como atuaram os parlamentares alagoanos na construção da Constituição de 1988

Avaliação do Diap mostra quem foi mais favorável e mais cruel com a classe trabalhadora
Foto: Arquivo/Centro de Documentação e Informação da Câmara dos Deputados

Essa quinta-feira, 5 de outubro, marcou os 35 anos da promulgação da 7ª Constituição Brasileira, denominada pelo deputado Ulisses Guimarães (PMDB-SP), que presidiu a Assembleia Nacional Constituinte, como a “Constituição Cidadã”, pela abrangência e diversidade de direitos e garantias que a sociedade conquistou.

A bancada constituinte de Alagoas foi eleita em 1986, tendo os senadores Teotônio Vilela Filho e Divaldo Suruagy Filho, e os deputados federais José Thomaz Nonô, Renan Calheiros, José Costa, Roberto Torres, Geraldo Bulhões, Albérico Cordeiro, Antônio Ferreira, Eduardo Bomfim e Vinícius Cansanção. O senador Guilherme Palmeira havia sido eleito em 1982, completando o trio de senadores constituintes.

Os deputados Eduardo Bomfim e Renan Calheiros receberam nota 10 do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) pela sua atuação na Assembleia Nacional Constituinte. Eles votaram pelas propostas que garantiram direitos aos trabalhadores urbanos e rurais.

A sociedade brasileira se mobilizou para discutir e aprovar o que entendia ser o melhor, principalmente, pelo fato do país ter vivido, durante 21 anos, sob a ditadura militar.

Os sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais, as entidades patronais, os indígenas, os moradores dos bairros periféricos, favelas, intelectuais, militares, mulheres e homossexuais participaram das discussões apresentando propostas de emendas aos parlamentares.

A liderança política do deputado Ulisses Guimarães foi um dos fatores para garantir o equilíbrio entre as forças políticas no plenário da Assembleia Nacional Constituinte.

A bancada parlamentar de Alagoas foi igualmente pressionada pela sociedade civil organizada e pelos movimentos sociais.

O resultado, expresso através das votações sistematizadas pelo Diap, passados 35 anos, pode ser constatado pela nota que cada um dos nove deputados federais e os três senadores receberam.

Quatro deputados, Albérico Cordeiro, Antônio Ferreri, José Thomaz Nonô e Vinicius Cansanção foram os piores parlamentares para os trabalhadores, como ficou demonstrado através das médias das notas do Diap.

Quem foi quem na Constituinte

A bancada recebeu notas individualizadas de acordo com os critérios definidos pelo Diap.

Notas dos senadores:

Teotônio Vilela Filho = 9,25

Divaldo Suruagy = 3,75

Guilherme Palmeira = 3,75

Deputados federais:

Eduardo Bomfim = 10

Renan Calheiros = 10

José Costa = 8,25

Geraldo Bulhões = 7,2

Roberto Torres = 5,75

Albérico Cordeiro = 4,25

Antônio Ferreira = 1, 75

José Thomaz Nonô = 1,75

Vinicius Cansanção = 1,25

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