Os dois principais polos eleitorais, em Maceió, estão quase definidos. De um lado, o bloco liderado pelo prefeito JHC (PL), líder nas pesquisas de opinião. Do outro, a oposição liderada pelo MDB afunilou a seleção e já tem dois nomes para disputar com o prefeito que tenta a reeleição.
O senador Renan Calheiros (MDB) vai exercer o poder de escolha entre Rafael Brito e José Wanderley. Os dois emedebistas vêm trabalhado as suas imagens nas redes sociais, firmando os seus nomes e ressaltado o que defendem como parlamentares.
A oposição também tem o Partido dos Trabalhadores (PT), que pretende lançar uma candidatura própria a prefeito de Maceió. O nome do deputado estadual Ronaldo Medeiros tem sido discutido internamente.
O principal líder petista, o deputado Paulão, anunciou que é candidato a senador. “Agora eu quero fazer uma discussão futura, porque eu gosto de trabalhar para médio prazo. Geralmente, a esquerda trabalha muito curto prazo. Eu sou candidato a senador”.
O dilema está posto para o deputado Ronaldo Medeiros que, na visão de setores petistas, o parlamentar perdeu o “time”. Medeiros tem bases eleitorais localizadas no interior do estado, tendo, em 2022, alcançado 9.544 votos em Maceió, 2.09% do eleitorado.
O cálculo eleitoral vem sendo feito pelo parlamentar e, certamente, tem pesado na decisão, considerando que a maior parte das suas bases está no interior e, caso faça a opção pela candidatura em Maceió, as bases ficarão sem assistência durante o período eleitoral. E corre o risco de perder parte significativa delas.
É possível que a estratégia desenhada pelo senador Renan Calheiros inclua o nome do deputado Ronaldo Medeiros como parte da cota de sacrifício do aliado político. É uma possibilidade a ser considerada para ajudar a desgastar a imagem do prefeito JHC, que corre livre na raia eleitoral sem adversário para importunar.
Em qual das estratégias o PT vai se encaixar?
- Lançar o deputado Ronaldo Medeiros para crescer eleitoralmente em Maceió e tentar formar uma bancada de vereadores;
- Ajudar a levar o candidato do MDB ao segundo turno caso alcance mais de 15% dos votos;
- Lançar um (a) militante do partido apenas para marcar presença.
A demora é um sinal de que ainda não foi decidido e os cálculos eleitorais, tanto de Paulão como de Ronaldo Medeiros, são sinais de novos tempos em que correr riscos desnecessários não é bom conselho. Nos novos tempos, o pragmatismo é a palavra de ordem.