30 de outubro de 2023 8:27 por Da Redação
Anunciada com toda pompa nesse fim de semana, a venda do Hotel Jatiúca à Construtora Record, que promete transformar uma das mais belas áreas da orla de Maceió em um local “mais democrático e moderno”, para “alagoanos e turistas”, pode e deve ser alvo de contestação.
Detalhes do projeto não foram divulgados, por “questões contratuais”, e nem os valores da transação, cujas proporções podem ser imaginadas devido à localização privilegiada do empreendimento.
O motivo pelo qual o Hotel Jatiúca não poderia ser vendido, pelo menos a metade da área – aquela que dá para praia –, é porque o terreno foi praticamente doado pelo Estado ao grupo Lundgren, de Pernambuco, pela gestão do então governador Guilherme Palmeira, na década de 1970. O mesmo incentivo foi dado ao Hotel Luxor, na época.
O grupo paulista pagou um preço simbólico pelo terreno, algo em torno de R$ 50 mil a R$ 100 mil nos valores atuais. Para justificar o desembolso de dinheiro público, o grupo comprou a outra parte das terras, transformando uma área belíssima, onde fica a famosa Lagoa da Anta, em uma “selva de pedra”. Especula-se que o hotel dará lugar a empreendimentos imobiliários.
Agora, o maceioense corre o risco de perder um dos seus principais cartões postais para uma casta privilegiada, numa transação feita em cima de uma área pública praticamente doada à iniciativa privada. Com a palavra, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL).
5 Comentários
Notícia triste!
Um carro-chefe para o nosso turismo, um hotel que já faz parte da história e da tradição da cidade e, especialmente, uma área verde e de lazer espetaculares, que sempre foi um cartão postal para nossa capital.
Lamentável essa especulação imobiliária que destrói nossas tradições e nosso ambiente natural.
Uma pena!
Alagoas não é diferente do resto do BR, sempre prevalece a especulação imobiliária. Um retrocesso, uma vergonha!!!
Essa matéria está tendenciosa, na década de 70 a área onde se encontra atualmente não era valorizada, muito pelo contrário, foi devido a exploração turística do hotel que aqueles arredores foram aos poucos se valorizando.
Essa matéria está tendenciosa, na década de 70 a área onde se encontra atualmente não era valorizada, muito pelo contrário, foi devido a exploração turística do hotel que aqueles arredores foram aos poucos se valorizando.
Pior que a matéria tendenciosa são os comentários de quem não entende nada do mercado imobiliário e muito menos do mercado futurista. Vá procurar saber se aquilo ali tem viabilidade financeira de se dar lucro se muito mal num só dá para pagar as contas de o manter de pé funcionando. Não tem prejuízo para o estado e nem para a prefeitura, ali só vai dar muito é lucro principalmente para o município gerando uma imensidão de IPTU, ITBI, cogita-se em ser construído um hotel muito mais luxuoso gerando muito mais imposto do que o que gera hoje, um empresarial com uma imensidão de empresas gerando taxa de localização, vários restaurantes geração de emprego e renda após pronto e prédios residenciais. Com mais de 2 bilhões de valor geral de vendas ( VGV ). Infelizmente os desenformados não entende nada de geração de emprego e renda através de um empreendimento dessa magnitude. Hoje aquilo ali não contribui praticamente nada em relação ao que poderão gerar de valor para o município e estado no futuro.