Por Patrícia Santos, do Alma Preta
Prestes a estrear nos cinemas com o filme “Ó Paí, Ó 2”, o ator e diretor Lázaro Ramos confirmou durante participação no podcast “Traz a Pipoca”, do Telecine, que a terceira parte da franquia já é planejada e que ainda tem histórias pertinentes a serem contadas.
Durante a conversa, mediada pelos apresentadores Moisés Liporage, Renata Boldrini e Bruna Scot, o ator comentou que nunca tinha pensado sobre um filme que atuou ter uma continuação, mas que o primeiro foi inspiração para a sequência.
“Depois da série, a gente achou que não tinha mais para onde ir, mas agora a gente já está planejando o terceiro. A gente descobriu que ainda tem o que falar”, revelou.
Segundo Lázaro Ramos, a equipe por trás de “Ó Paí, Ó” também não planejava criar um segundo filme. O longa estreia nos cinemas no dia 23 de novembro, mesma data em que o episódio do podcast será disponibilizado.
“A gente nunca planejou fazer um segundo filme, foi a força do primeiro, e da série, que o manteve atual nas conversas, com memes, gifs… Outro dia, eu vi até calcinha para vender com frases do ‘Ó Paí, Ó’, em Salvador. É uma obra muito fresca! Eu nunca pensei que um filme que eu fiz teria utilidade com uma continuação, mas eu estava errado”, disse.
O ator comentou ainda sobre outros filmes que dirigiu, atuou e assistiu ao longo da carreira terem uma continuação.
“Na verdade, é uma grande oportunidade, tanto é que agora eu fico pensando: de qual filme eu vou fazer continuação? Outro dia eu falei: ‘Jorge [Furtado], vamos fazer ‘O Homem Que Copiava 2?’. Daqui a pouco, vamos ter ‘O Auto da Compadecida 2’, e isso é legal porque a gente acaba revisitando filmes da retomada do cinema nacional”, afirmou.
Processo de criação de ‘Ó Paí, Ó 2’
Para Lázaro Ramos, o processo de criação de “Ó Paí, Ó 2” foi ainda mais desafiador por ter que se atualizar diante do contexto sociopolítico.
“De alguma maneira, ao fazer este filme, a gente reflete sobre o Brasil dos últimos 15 anos […]. Algumas coisas das quais a gente ria em 2007, agora fazem a gente pensar: como falar desse assunto? Senti que a gente encontrou um outro sabor, um humor um pouco diferente que traz alguns momentos muito emotivos”, disse.
Parte das atualizações da trama e da produção só foram possíveis, segundo Lázaro, por conta dos trabalhos de Viviane Ferreira à frente da direção do longa — em 2020, ela se tornou a segunda mulher negra a dirigir individualmente um longa-metragem de ficção no Brasil —, e de Aline Soares na direção de fotografia.