sábado 23 de novembro de 2024

Moradores dos Flexais seguem cobrando inclusão no Mapa de Risco e indenização justa

A população dessa área quer ser incluída no mapa de risco, a exemplo do que ocorreu com os moradores do Pinheiro, de onde foram realocadas cerca de 60 mil pessoas

3 de dezembro de 2023 2:17 por Da Redação

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que a próxima reunião deve ocorrer no dia 11 de dezembro (Foto: Cibele Tenório/Agência Brasil)
Moradores dos Flexais e da Rua Marquês de Abrantes reafirmam exigência de realocação e o pagamento de indenizações a cada família

A Prefeitura de Maceió informou aos moradores dos Flexais de Baixo e de Cima, e também do Bom Parto e Rua Marquês de Abrantes, em Bebedouro, que deverá se reunir com eles no dia 11 próximo. Essas comunidades veem realizando manifestações, com bloqueio de vias, cobrando ações para que sejam indenizados como vítimas do crime praticado pela multinacional Braskem, na região.

Os moradores querem sair da área, trecho que vai do Bom Parto até os Flexais, temendo o risco eminente de afundamento do solo, consequência da exploração de sal-gema. Eles estão entre a parcela da população de Maceió diretamente atingida pelo crime ambiental provocado pela mineração em uma área correspondente a 10% do território da capital alagoana.

A população dessa área quer ser incluída no mapa de risco, a exemplo do que ocorreu com os moradores do Pinheiro, de onde foram realocadas cerca de 60 mil pessoas. “Estamos sim entre as regiões de risco de afundamento” – reclama Maurício Sarmento, líder comunitário e ativista do movimento em defesa das vítimas da Braskem.

Ele ressalta que os moradores dos Flexais estão ilhados socialmente, e sofrendo com ações como suspensão no fornecimento de água e energia elétrica. O drama daquela população começou em 2019, quando cinco bairros em seu entorno foram totalmente esvaziados.

Moradores isolados após afundamento de minas pedem justiça em Maceió | Metrópoles
Maurício Sarmento, do movimento em defesa das vítimas da Braskem, diz que luta segue até solução que atenda aos direitos dos moradores | Reprodução

Revoltados pela situação de abandono, eles têm realizado protesto cobrando providências da Prefeitura de Maceió. “Não queremos sair de nossas casas para morar em escolas, em abrigo público. Temos nossos direitos e é isso que estamos cobrando” – disse um morador, durante o protesto da última sexta-feira, 1º.

“Não aceitamos essa situação de racismo ambiental. A apreensão dos moradores é gigante. Temos que sair dos Flexais, da (Rua) Marquês de Abrantes, e das quebradas. É nosso direito diante do risco que enfrentamos” – completou Maurício Sarmento.

Para ele, a reunião com representantes da Prefeitura foi positiva. Porém, refirmou que as comunidades continuarão cobrando o atendimento de suas reinvindicações que passam por indenização justa para deixarem a zona de risco.

Confira!

Após os protestos, a multinacional Braskem informou que as realocações têm sido feitas conforme o mapa de linhas prioritárias definido pela Defesa Civil.

Assista!

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