3 de janeiro de 2024 9:26 por Da Redação
Por Redação RBA
Um grupo de 50 sobreviventes do ataque do grupo armado Hamas a um festival de música em Israel, em 7 de outubro, entrou na Justiça com pedido de indenização contra o governo de Benjamin Netanyahu. Eles pedem 200 milhões de shekel (cerca de 50 milhões de euros ou 270 milhões de reais) pela provável negligência por parte das forças de segurança israelenses. Os advogados alegam que o Exército sionista tinha informações prévias sobre potenciais ameaças ao festival próximo ao ‘kibutz’ Rei’m.
Segundo a Agência Lusa, eles protocolaram a ação em um tribunal de Tel Aviv. A tese baseia-se em informações que indicam que as forças de segurança israelenses estavam cientes das possíveis ameaças ao evento. O grupo afirma que bastaria “uma única chamada telefônica de funcionários das Forças de Defesa de Israel (FDI). A chamada seria ao comandante responsável pela festa para que dispersassem imediatamente”, potencialmente salvando vidas e evitando lesões físicas e mentais aos participantes.
Negligência
Trechos da petição citados pelo jornal The Times of Israel destacam a gravidade da negligência de Netanyahu. Alegam que esta teria causado a perda de vidas e o sequestro de dezenas de pessoas, algumas ainda desaparecidas, entre os presentes no festival. O grupo de sobreviventes enfatiza que a atuação preventiva das forças de segurança israelenses poderia ter evitado a morte de 364 participantes do evento. Além disso o sequestro de 40 pessoas pelo Hamas.
Massacre
Desde 7 de outubro, o exército comandado por Netanyahu tem respondido, de maneira desproporcional, aos ataques do Hamas bombardeando a Faixa de Gaza. O resultado é um número devastador de mortos e feridos. Israel ja mateou mais de 22 mil pessoas, principalmente mulheres, crianças e adolescentes. Mais de 54 mil ficaram feridas, enquanto a destruição de infraestruturas levou quase dois milhões de pessoas a abandonar suas casas. A situação atual reflete um cenário de alta tensão na região, fruto da continuidade de um processo de extermínio dos cidadãos e da cultura árabe na região, conhecida pelos palestinos como Nakba.