quarta-feira 15 de janeiro de 2025

Coreia do Sul aprova lei que proíbe consumo de carne de cachorro no País

Infratores poderão enfrentar uma pena de até dois anos de prisão ou multa equivalente a R$ 110 mil
Trabalhadores do setor terão um período de três anos para se adaptar | JUNG YEON-JE/AFP

Por Diário do Nordeste

O Parlamento da Coreia do Sul aprovou, nessa terça-feira (9), uma lei que proíbe o consumo de carne de cachorro no País. A medida entra em vigor a partir de 2027 e criminaliza uma prática que já vinha caindo em desuso nas últimas décadas, conforme a agência sul-coreana de notícias Yonhap.

Aprovada por 208 votos a favor e duas abstenções, a legislação proíbe a criação, o abate, a distribuição e a venda de cães para alimentação. Após ela entrar em vigor, infratores poderão enfrentar uma pena de até dois anos de prisão ou multa equivalente a R$ 110 mil.

Além do período de carência de três anos, a medida prevê subsídios para auxiliar os trabalhadores do setor a mudar de emprego. Atualmente, segundo estatísticas do governo sul-coreano, existem cerca de 1.150 fazendas de cães, 34 açougues, 219 distribuidores e aproximadamente 1,6 mil restaurantes que vendem alimentos feitos com carne de cachorro na Coreia do Sul.

No Parlamento do País, tanto o Partido do Poder Popular (PPP), no poder, quanto a principal legenda da oposição, o Partido Democrático (DP), atuaram pela aprovação da proibição, em meio a crescente conscientização sobre os direitos dos animais e do número de proprietários no País.

Reação à medida

A primeira-dama Kim Keon Hee expressou abertamente apoio à legislação, afirmando que proibir a prática era uma das promessas de campanha do presidente Yoon Suk Yeol. O casal é conhecido como amante dos animais e vive com quatro cães e três gatos, conforme a agência.

Grupo de ativistas pelos direitos animais comemoraram a aprovação. “Acreditamos que esta proibição marca um ponto de virada significativo na atitude da Coreia do Sul em relação à proteção dos animais”, disse o porta-voz sul-coreano da Humane Society International, Lee Sang-kyung.

“[Isso] é uma prova da paixão e determinação de nosso público e de nossos políticos amantes dos animais, que chegaram a um ponto crítico para inclinar esta indústria ultrapassada aos nossos livros de história”, completou.

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