Por Luis Nassif, do Jornal GGN
Reportagem da CNN americana, que acaba de sair, traça um quadro pessimista para a Tesla.
Na reunião com analistas de mercado, a empresa informou que seus lucros ajustados do primeiro trimestre despencaram 48%. Houve queda de 9% na receita total e a margem de lucro diminuiu 2 pontos percentuais.
No ano, as ações da Tesla caíram 43%.
“O momento da verdade chegou para Elon Musk e Tesla”, disse Dan Ives, analista da Wedbush Securities que há anos tem uma visão otimista da Tesla. Mas ele disse que “a teleconferência e as mensagens foram um dos momentos mais importantes da história da empresa”.
A empresa anunciou que pretende cortar 10% de sua força de trabalho. E quer a aprovação dos acionistas para permitir que Elon Musk compre 300 milhões de ações com desconto, depois que um juiz de Delaware anulou um pagamento milionário da Tesla para seu fundador.
Hoje em dia, a Tesla enfrenta a concorrência de marcas americanas e chinesas. Os gracejos de Musk, nas reuniões com acionistas, transformaram-se em fator adicional de risco.
“Ives está muito preocupado com o que o imprevisível Musk poderá dizer aos investidores durante a teleconferência de terça-feira.
“Se Musk for irreverente novamente e não houver nenhum adulto na sala nesta teleconferência sem respostas, dias mais sombrios virão”, escreveu ele”.
Mesmo com a queda monumental deste ano, muitos analistas ainda julgam que a Tesla está sobrevalorizada. Para recuperar mercado, a Tesla anunciou cortes de preços em algumas linhas. Analistas calculam que a redução custará US$ 1 bilhão e deveria ter reduzido 10% a mais no preço das ações.
