A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) acredita que o Dia das Mães de 2024 deve ser positivo para o Varejo. As estimativas da CNC indicam que o volume de vendas será 3,5% maior que no ano passado e alcançará um valor total de R$ 13,2 bilhões. Já segundo projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) a data comemorativa terá um faturamento de R$ 7,03 bilhões nas vendas do e-commerce, um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior, e uma pesquisa da consultoria de mercado Opinion Box mostra que 42% dos brasileiros devem fazer compras online nesta data.
Durante essa época do ano onde o comercio no Brasil se intensifica, é necessário ter atenção redobrada nos movimentos do crime cibernético. Paulo de Godoy, country manager da Pure Storage, alerta para as crescentes preocupações de segurança cibernética para as empresas do setor do Varejo. Os reforços incluem privacidade de dados, acesso não autorizado às informações e malwares.
“Criptografia, controles de acesso robustos e atualizações de segurança regulares são medidas essenciais para ajudar os varejistas a protegerem os dados confidenciais, inclusive as imagens de vídeo. O armazenamento de dados também pode ser projetados para atenuar os ataques de ransomware, impedindo por meio de cópias imutáveis que os dados essenciais sejam alterados ou destruídos, gerando recuperação rápida e completa”, explica o executivo.
Cada vez mais, os golpes a usuários tem tido sucesso devido a originalidade e perfeição de suas aplicações. As empresas podem ajudar seus clientes a se prevenirem ou tomarem os cuidados corriqueiros, com campanhas de conscientização para golpes das mais variadas formas, indica Thiago Marques, diretor de Cibersegurança da Add Value.
“Infelizmente, dados vazados são armas para os cibercriminosos. Tomar prevenções sobre os dados internos de seus clientes e criar políticas de proteção pode reduzir a exposição. É fundamental o alinhamento entre fornecedores de tecnologia ou mesmo prestadores de serviço, já que é esperado um aumento importante de acesso e as lojas vendam mais, porém geralmente o comportamento das aplicações tende a ser o mesmo, mudando apenas a frequência de consultas e acessos. A preocupação com as identidades virtuais nunca é demais e a gestão de acesso privilegiado é um flanco frágil quando lembramos que o usuário é sempre o elo mais fraco.
Na dúvida, não clique e não pague!
É um período de altamente explorado por hackers. Felipe Thomé, CISO da Dfense Security, salienta a importância o foco em prevenções para ataques de autenticação em massa, ransomware e phishing.
“Falando em phishing, a dica é que as pessoas redobrem atenção com e-mails, SMS e WhatsApp onde invocam urgência, peçam pagamentos ou cliques. Todo site que pareça estranho demais ou com ofertas inesperadas, ou até mesmo ao receber uma mensagem de um banco que você não é cliente e nem pensou em ser. Na dúvida, não clique e não pague!” explica Thomé.
Segundo Anthony Cusimano, diretor técnico da Object First, Google, a Microsoft e a Apple, entre muitos outros gigantes da tecnologia, já entendem que as chaves de acesso e o acesso sem senhas são uma tendência para o futuro. Porém, segundo ele, ainda é preciso redobrar o cuidado com o nível de qualidade delas.
“Ainda que as senhas sejam um tipo de porta de papel para tentar barrar qualquer hacker que se preze, não podemos abandonar as práticas recomendadas para torná-las mais seguras. Para isso, é importante seguir as três principais diretrizes: não reutilize senhas; invista em etapas adicionais, como autenticação multifatorial, login com ID facial e aplicativos de senhas; e lembre-se, quanto mais humana for a sua senha, maior será o risco, então aposte na combinação de letras, número e caracteres especiais – quanto mais esquisita e sem sentido ficar essa combinação, maior a chance de ser uma senha segura”, completa o executivo.
Segundo o diretor Comercial da WDC, Bruno Rigatieri, toda a cadeia produtiva do comercio eletrônico precisa recobrar atenção com a segurança de dados. Aos consumidores, Rigatieri recomenda atenção a links suspeitos, em mensagens, e-mails ou posts em redes sociais.
“Desconfie de promoções muito vantajosas e cuidado com ligações de fontes desconhecidas”, ressalta”. O executivo acrescenta que as empresas de comercio eletrônico também devem fortalecer a segurança das suas redes, adotando medidas preventivas e preparando-se para eventuais táticas de mitigação. “Orientar os clientes de forma clara sobre o modelo de pagamento e entrega também é uma estratégia assertiva”, afirma o diretor, lembrando que empresas financeiras, operadoras de nuvem e até os provedores de telecomunicações devem reforçar sua infraestrutura de cibersegurança nesse período.
Dicas para o consumidor
Os especialistas também recomendam às empresas que orientem o consumidor sobre como fazer suas compras com segurança e aproveitar os descontos sem correr riscos. Eles sugerem algumas iniciativas ao consumidor final:
• Desconfiar de promoções milagrosas;
• Checar se a plataforma de e-commerce escolhida para a transação tenha um selo de segurança;
• Conferir se está navegando em tráfego seguro: em sua grande maioria, endereços de sites seguros iniciam com https;
• Cuidado com promoções via e-mail, SMS e WhatsApp;
• Utilize sempre a modalidade Cartão Virtual.
Por Assessoria