quarta-feira 15 de janeiro de 2025

Ufal e Ifal mantêm greve e apresentam contraproposta de reajuste para ensino superior

Greve no ensino superior

30 de maio de 2024 3:41 por Da Redação

Servidores federais decidem manter greve e constroem contraproposta de reajuste salarial \ Fotos: Sintufal

O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) insiste no reajuste de 12,5%, divididos em duas parcelas (9% e 3,5%) a serem pagas em 2025 e 2026, respectivamente. Pela proposta, os docentes das instituições federais de ensino superior ficam sem aumento salarial em 2024.

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o Instituto Federal de Educação de Alagoas (Ifal) estão entre as instituições de ensino que rejeitaram a proposta, mantendo a greve iniciada no dia 20 de abril em Maceió e nos campi do interior.

Além de rejeitar a proposta do MGI, os docentes da Ufal construíram uma nova proposta que foi encaminhada ao Comando Nacional de Greve (CNG). Pela proposta, as categorias do funcionalismo do Ensino Superior terão aumento linear de 6% a 3,5% em 2024, com a diferença para completar 22,71% sendo distribuída em 2025 e 2026.

A proposta discutida e aprovada em Alagoas estabelece que não haverá modificação da carreira docente, e será mantida a recomposição do orçamento das universidades.

Os alagoanos também aprovaram um abaixo-assinado de apoio ao Andes, e marcaram uma nova rodada de assembleias para a primeira semana de junho.

No Ifal, categorias decidem manter paralisação por política de reajuste salarial

Legitimidade questionada

Até agora, a proposta do MGI só foi aceita pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), que diz representar docentes de 11 universidades e institutos federais. O Proifes cita entre seus filiados professores e técnicos da Federal do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Pará.

Essa legitimidade, porém, é contestada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), para quem o acordo com o governo “afronta as decisões das bases”.

Segundo Gustavo Seferian, presidente da entidade, o Andes tem em suas bases 90% dos professores das universidades, institutos e centros de educação federais. Ao menos 59 dessas instituições continuam em greve, incluindo a Ufal e o Ifal. Aqui, os docentes e técnicos contam com apoio de dezenas de estudantes que, nas assembleia já realizadas, demonstraram apoio à greve , ressaltando a necessidade de melhorias estruturais nas instituições.

Para pressionar o governo Lula a manter a negociação, nesta segunda-feira, 3, o Andes realiza um ato em frente à sede do MGI, em Brasília.

Segundo a Adufal, as principais reivindicações dos servidores públicos são: recomposição salarial das perdas inflacionárias acumuladas dos últimos seis anos; equiparação de benefícios (auxílios alimentação, saúde e creche) entre os demais poderes (Legislativo e Judiciário); e a revogação de todas as medidas que atacam o funcionalismo público, ocorridas durante o governo Bolsonaro.

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