1 de julho de 2024 3:55 por Da Redação
Já está com a Polícia Federal (PF/AL) o contato dos cinco estudantes que, no dia 24 de junho último, agrediram com ofensas o professor-doutor Tiago Leandro da Cruz Neto, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Chamado repetidas vezes de “vagabundo”, o docente entregou à superintendente da PF/AL, Luciana Paiva Barbosa, um relato com detalhes do crime de racismo praticado pelos estudantes, que são alunos da Faculdade de Odontologia da Ufal.
No Boletim de Ocorrência (BO), Tiago Neto, que nas redes sociais usa o nome Tiago Zurck, disse ainda que os acusados usaram print de seus vencimentos (contracheque) que, embora seja uma informação pública, disponível no portal da transparência, na tentativa de intimidação e constrangimento.
A ação criminosa dos estudantes foi registrada no grupo de whatsapp denominado “Manifestação Assembleia”. Trata de um grupo aberto, cujo link foi amplamente divulgado entre docentes e estudantes, para debates sobre a greve dos professores federais.
O crime de assédio e injúria racial praticado pelos cinco estudantes, que acabaram removidos do grupo, será investigado ainda pela Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), a quem Tiago Neto também recorreu. Ele fez BO na Delegacia Especial dos Crimes Contra Vulneráveis.
Professores e entidades de classe condenaram o que fizeram os cinco estudantes, e publicaram nota de apoio e solidariedade ao professor atingido.
“Estes apoios me revigoram! Agradeço pela sensibilidade, solidariedade de todos e todas” – disse o professor agredido, revelando que já enfrentou manifestações de LGBTfobias e racismo durante a vida.
São práticas condenáveis ainda existentes na sociedade, mas que, ressalta ele, devem ser enfrentadas toda vez que ocorrerem.
“Essa não é uma luta minha, mas de todos e todas nós” – completou Tiago Neto, doutor em Política, planejamento e gestão da educação.