No dicionário, a palavra amizade é definida como ‘sentimento de afeição e simpatia entre dois ou mais entes’. É um pacto entre pessoas que inclui reciprocidade, empatia e respeito. Em celebração ao Dia do Amigo, comemorado em 20 de julho, Rayanne Amorim, psicóloga e professora do curso de Psicologia da Uninassau Maceió, explica como cultivar e manter essas conexões valiosas, enfatizando a importância da comunicação aberta, confiança mútua e do apoio emocional consistente para fortalecer os laços.
Boas relações são construídas por meio da capacidade de ser e agir com espontaneidade diante do outro, sem a constante apreensão de retaliação. Isso exige um ambiente de confiança. “Em uma verdadeira amizade, as pessoas se sentem à vontade para ouvir e serem ouvidas, para apoiar e serem apoiadas, sendo necessária a empatia. A habilidade de lidar com desacordos de maneira aberta e respeitosa é essencial para manter esses laços fortes e saudáveis”, explica a professora.
Sentir-se confortável e apreciar atividades solitárias podem fortalecer as relações interpessoais. Harmonizar interações sociais e momentos de introspecção é algo importante. “Boas amizades não exigem participação constante em eventos e respeitam o espaço pessoal. Elas suportam flexibilidade, compreendendo e respeitando os limites pessoais, permitindo reciprocidade na compreensão e respeito”, afirma Rayane Amorim.
Conflitos e desentendimentos são inevitáveis em qualquer relação. A forma de lidar com esses momentos pode fortalecer ou enfraquecer a conexão. A psicóloga destaca a escuta ativa e respeitosa como uma forma de enfrentar conflitos. Ou seja, ouvir sem antecipar respostas ou julgamentos. “Muitas vezes, discordâncias superficiais escondem questões mais profundas. Em um diálogo, é importante comunicar claramente nossos próprios sentimentos e pensamentos e diferenciar isso das percepções que atribuímos ao outro”.
A solidariedade pode levar a uma identificação intensa com o outro. Porém, apoiar um amigo não deve significar sacrifício pessoal, é essencial manter a própria estabilidade. “A empatia deve ser equilibrada com limites, reconhecendo nossas capacidades de ajuda. Oferecer apoio é, por exemplo, criar uma rede de suporte e ser um bom ouvinte, compreensivo e respeitoso, sem tentar resolver ou absorver os problemas. Dependendo da situação, é útil indicar a busca por apoio profissional”, enfatiza Rayane.
A psicóloga aponta ainda alguns sinais que mostram quando a amizade está se tornando tóxica, como falta de trocas, apoio e afeto, tentativas de controle por parte do amigo, isolamento de outras relações ou sentimentos constantes de culpa e cobrança. “Se, após interações com a pessoa, você se sente diminuído, esgotado ou inseguro, a companhia pode estar se tornando prejudicial. Considerar um diálogo para expressar sentimentos e preocupações é um passo importante. No entanto, se a relação se tornou prejudicial e não há perspectivas de melhoria, talvez seja necessário encerrar a amizade”, finaliza.
Por Assessoria