11 de setembro de 2024 7:59 por Da Redação
Além da forma agressiva como agiu, numa ação semelhante a justiçamento, contra um dependente químico, morador de rua, no bairro Benedito Bentes, o vereador de Maceió, Siderlane Mendonça (PL), está sendo questionado por agir como policial militar, que já não é. Além de desrespeitosa, o Ministério Público Estadual definiu como ilegal a ação do vereador contra o morador de rua.
É que cerca de 10 anos depois de ingressar na corporação, chegando a patente de Cabo, ele deixou a Polícia Militar de Alagoas (PMAL) alegando transtornos emocionais – síndrome do pânico.
A instituição anunciou nesta quarta-feira, 11, que, junto com a Defensoria Pública Estadual (DPE/AL), já está adotando providências para responsabilizar o vereador e demais envolvidos na violência, registrada em vídeo e divulgada por pessoas próximas à vítima.
Na última terça-feira, 10, Siderlane foi filmado imobilizando um homem com o golpe chamado mata-leão, durante operação de limpeza e retirada de barracas irregulares na área conhecida como Nova Feira Livre, no Benedito Bentes, bairro mais populoso da capital e onde foi o mais votado na eleição municipal de 2020.
No vídeo feito por transeuntes e moradores do local, supostamente ponto de venda e consumo de drogas, um homem apontado como segurança, tenta impedir o registro da agressão do vereador contra o morador de rua.
A versão de Siderlane
Com a divulgação do caso, por meio de vídeo em redes sociais, o vereador veio a público negar que tenha agredido o dependente químico. Ele alega que estava tentando impedir que uma mulher, também moradora do local, fosse agredida.
“Como agente de segurança pública, ele se identificou e pediu pra que o mesmo se afastasse da vítima. Inclusive, solicitou para que pusesse as mãos na cabeça para revista. Durante a abordagem foi percebido que o mesmo estava alterado por efeito de entorpecentes e com drogas. Neste momento, ele tentou agredir o vereador, que o imobilizou”, disse a assessoria de Siderlane Mendonça.
Só que, depois de imobilizá-lo, o vereador decidiu liberar o homem sem chamar as autoridades policiais.