Por Lucas Gabriel Marins, do Infomoney
A Petrobras voltou para a lista de maiores pagadoras de dividendos do mundo no segundo trimestre deste ano, mostra o levantamento Global Dividend Index, elaborado pela gestora britânica Janus Henderson, divulgado nessa terça-feira (10). A petrolífera, que em 2022 chegou a alcançar o posto de maior “vaca leiteira” do mundo, tinha saído do ranking em 2023.
Segundo o levantamento, a empresa pagou US$ 4,17 bilhões aos acionistas no segundo trimestre deste ano, o 13º maior valor do planeta e o maior entre todas as petrolíferas. Ficou à frente de companhias como Apple, com US$ 3,8 bilhões e L`Oreal (LRLCY), com US$ 3,77 bilhões.
No total, as companhias globais distribuíram US$ 606,1 bilhões em proventos no período, um recorde histórico, segundo o estudo, que leva em conta os proventos pagos por 1.200 empresas. Os países emergentes contribuíram com US$ 42,4 bilhões do total, alta de 18% na base subjacente – e as petrolíferas foram as principais impulsionadoras.
Vai ter mais dividendos?
Em março desse ano, a Petrobras decidiu reter os dividendos extraordinários de 2023, que foram destinados a um fundo de reserva. Como consequência, as ações da companhia despencaram. Em teleconferência recente sobre o balanço do 2º trimestre, Fernando Melgarejo, CFO da companhia, disse que o pagamento adicional de dividendos extraordinários “depende de fluxos futuros”.
No caso do dividendo ordinário, no entanto, o pagamento é mandatório, e o valor depende da tríade resultado acumulado positivo, dívida abaixo de US$ 65 bilhões e sustentabilidade, falou. “Então, estamos bastante confortáveis nesse sentido e dizendo que não há risco de não ter pagamentos ordinários”. A Petrobras estabelece em sua política de remuneração dos acionistas que o dividendo trimestral estabelecido é de 45% de seu fluxo de caixa livre.
Apesar do imbróglio, a Petrobras continuou distribuindo proventos no terceiro trimestre. Em agosto, segundo dados da plataforma Meu Dividendo, a companhia liderou a distribuição de dividendos no Brasil, com R$ 6,8 bilhões pagos aos acionistas. A ação da empresa também apareceu na carteira de papéis de dividendos recomendada por corretoras locais para setembro.